O Sistema de Transportes para a Região de Coimbra deve estar implementado no final de 2021, afirmou hoje fonte da Comunidade Inter-municipal (CIM) que integra 19 municípios.
“O nosso desejo é que o processo esteja implementado e assimilado pelas pessoas no final de 2021”, disse o primeiro secretário executivo da CIM Região de Coimbra, Jorge Brito, que falou à agência Lusa à margem da conferência “Intermodalidade e descarbonização”, promovida pela comunidade inter-municipal.
Segundo o responsável, o concurso público internacional relacionado com o Sistema Inter-municipal de Transportes (SIT) da região é lançado este ano.
A expectativa é que a adjudicação aconteça também este ano, caso não haja problemas de litigância no âmbito do concurso público.
De acordo com Jorge Brito, o SIT será “a grande entidade gestora que irá surgir no território”, permitindo a articulação e agregação dos serviços de transporte, dando resposta não apenas “às necessidades municipais e dos transportes escolares, mas também às necessidades de ligação quer dentro da região quer da região para fora”.
O SIT, que prevê um bilhete único para todos os serviços de transportes públicos na região, terá uma parceria com os Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC), bem como com o Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), que terá um troço urbano em Coimbra e um troço suburbano ligando a capital do distrito a Serpins, na Lousã, explicou.
Nesse sentido, o cartão do SIT poderá ser utilizado quer nos SMTUC quer no SMM, estando também a CIM Região de Coimbra a trabalhar com a CP – Comboios de Portugal para garantir a integração da bilhética com a ferrovia, face à presença na região da Linha do Norte, Linha da Beira Alta e Ramal da Figueira da Foz, referiu.
Para além disto, a CIM vai lançar já em Fevereiro um projecto-piloto de transporte flexível em 36 aldeias de Góis e 49 da Pampilhosa da Serra.
Este projeto-piloto pretende dar resposta de transportes públicos a lugares com pelo menos 40 pessoas, sendo que o programa deverá funcionar, acima de tudo, com recurso a operadores de táxis locais.
Neste projecto, as pessoas podem ligar para um número gratuito no dia anterior a solicitar o serviço de transporte, que cria “uma rota diferente de dia para dia, em função das necessidades” das populações, explicou Jorge Brito.
O serviço é pago como se de uma viagem de transporte público regular se tratasse, acrescentou.
Depois da experiência nestes dois concelhos, o objectivo será avaliar a sua implementação e alargá-lo a todo o território, sendo que será uma resposta “não apenas para municípios de baixa densidade, visto que há locais noutros municípios onde este tipo de resposta poderá ser mais racional”, vincou.