InícioLocalSegurança do NB da Figueira diz que autor de disparos em 2019...

Segurança do NB da Figueira diz que autor de disparos em 2019 é outro

Um dos seguranças que presenciou os disparos à porta da discoteca NB da Figueira da Foz, em 2019, disse hoje em tribunal que o autor não é o arguido, contrariando o depoimento que deu em fase de inquérito.

O Tribunal de Coimbra começou hoje a julgar um jovem de 25 anos acusado de sete crimes de homicídio na forma tentada, por ser suspeito de ter efectuado disparos à entrada da discoteca NB, a 1 de Dezembro de 2019.

No início do julgamento, o arguido, que está preso preventivamente, optou por se remeter ao silêncio.

O arranque foi marcado pelas declarações de um dos dois seguranças que presenciaram os disparos, que contrariou a versão dos factos presentes na acusação do Ministério Público (MP), bem como do seu próprio depoimento em fase de inquérito, em que indicava que o arguido tinha sido o autor dos crimes.

Em julgamento, o segurança referiu que os disparos iniciais teriam sido dados por outra pessoa, referindo os seus dois primeiros nomes, os mesmos que o proprietário do veículo em que o arguido se teria deslocado para a discoteca.

“Sei que ele não está a ser julgado, mas tenho a certeza”, vincou o segurança, referindo que essa pessoa teria tentado entrar várias vezes à força naquela noite.

Segundo o segurança, na altura não sabia o nome do indivíduo e apenas o descreveu à polícia, mas “não tem dúvidas” de que o actual arguido está mal preso.

Já sobre os disparos efectuados cerca de meia hora depois, a testemunha referiu que não conseguiu identificar o autor dos disparos, porque estava a uma distância maior, apesar de achar que teria sido o mesmo homem.

Questionado pelo procurador do MP sobre o porquê de não ter dito que o autor dos disparos não era o arguido, o segurança justificou que sofreu pressões.

“Então, agora já não tem medo?”, perguntou a juíza Ana Gordinho, que preside ao colectivo, com o segurança a dizer que “as pressões, se calhar, já não existem”.

A juíza procurou que a testemunha especificasse as pressões que terá sofrido, mas a testemunha escusou-se a concretizar.

Pub

Leia também