InícioCulturaPaulina Chiziane discursou sobre a guerra e a língua portuguesa

Paulina Chiziane discursou sobre a guerra e a língua portuguesa

Na passada segunda-feira, o Auditório Madalena Biscaia Perdigão recebeu a vencedora do Prémio Camões 2021, Paulina Chiziane, onde discursou para uma plateia bem composta sobre “a sua vivência enquanto mulher africana e escritora” e questões relacionadas com a guerra e com a língua portuguesa.

A autora, que diz que nunca gostou de rótulos, pois “funcionam como uma espécie de fronteiras”, considera que os seus escritos “tem uma matriz europeia e uma Banto». Abordando a questão da guerra e a sua relação com a produção artística, a Prémio Camões 2021, considerou que a produção artística “é muito fértil em tempos de sofrimento”. Ela própria fez o seu grito, que salientou, “serve para nos consolar, mas para transformar, não sei muito bem”.

No painel participaram ainda Anabela Tabaçó, vice-presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, e Manuel Meira, a representar a Editorial Caminho e o editor Zeferino Coelho.

Paulina Chiziane foi a primeira mulher moçambicana a publicar um romance “Balada de amor ao vento”, em 1990, que explora a poligamia, as tensões culturais, políticas e religiosas numa realidade machista que trava a iniciativa da mulher, expondo a contradição com a modernidade.

Pub

Leia também