O objecto detectado hoje num parque de campismo da Figueira da Foz é uma granada inerte, sem material explosivo, e o espaço de lazer, que foi evacuado por precaução, vai ser reaberto, anunciou a autoridade marítima.
“É uma granada de exercício, inerte, não explode”, disse à agência Lusa o comandante do Porto da Figueira da Foz, João Lourenço, sobre o objecto encontrado no parque de campismo da praia do Cabedelo, situado na margem sul da foz do rio Mondego.
De acordo com João Lourenço, a granada foi alvo de avaliação por parte de uma equipa de inactivação de explosivos da Marinha Portuguesa e removida, numa operação que levou cerca de uma hora e foi concluída pelas 17:30.
O alerta para a presença de um alegado engenho explosivo no interior do parque de campismo, depositado junto a uma caravana, tinha sido dado cinco horas antes, às 12:30.
Na altura, o comandante do Porto indicou que o objecto tinha sido encontrado na praia adjacente por um utente do parque, que o levou para o interior da infraestrutura de lazer.
Foi também criado um perímetro de segurança de 100 metros em redor da caravana em causa, com evacuação do parque de campismo, disse João Lourenço.
Além da Polícia Marítima, estiveram no local meios da Unidade de Controlo Costeiro da GNR, em apoio às medidas de restrição de acesso e afastamento dos campistas.
Sobre a origem da granada, João Lourenço disse que o engenho “estava na praia” do Cabedelo, mas afirmou desconhecer se foi trazido pelo mar ou se foi lá colocado por outra pessoa.
O comandante do Porto da Figueira da Foz voltou a alertar para a necessidade de, em situações semelhantes, as pessoas “evitarem mexer ou deslocarem o objecto e chamarem as autoridades”.
“Hoje, esta situação levou à evacuação do parque. Mas quem o transportou pôs-se em risco a si e a outros desnecessariamente. É preciso ter muito cuidado e não mexer em objectos deste género, mesmo velhos nunca se sabe se podem rebentar”, enfatizou o comandante do Porto.
Questionado pela Lusa sobre se o utente do parque de campismo foi identificado ou alvo de um processo por parte da autoridade marítima, João Lourenço não adiantou pormenores, referindo apenas que a situação “está a ser tratada”.