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Figueira da Foz recebeu hoje meia centena de refugiados

Cerca de meia centena de refugiados ucranianos chegaram hoje à Figueira da Foz, vindos da Eslováquia, onde se encontravam num campo de refugiados, num autocarro que arrancou da cidade no sábado.

O grupo – constituído por 17 crianças, 32 mulheres (uma delas grávida) e dois homens – foi recebido pelo presidente da Câmara, Pedro Santana Lopes, que deu as boas-vindas e prometeu levar os mais novos a comer gelados na cidade.

Visivelmente emocionado, o autarca disse, em declarações aos jornalistas, que o município tem “toda a vontade de apoiar” e considerou “extraordinário” todo o movimento de apoio que existe na Europa.

“O mundo também tem coisas bonitas e é preciso realçá-las”, sublinhou Santana Lopes, que destacou o sorriso das crianças “apesar disto tudo” e a simpatia dos restantes elementos.

A vereadora Olga Brás, que liderou a comitiva da protecção civil municipal que se deslocou a uma cidade próxima da fronteira com a Ucrânia, salientou que os refugiados “estão muito desgastados”, depois de uma viagem de cerca de 40 horas ininterruptas.

“O primeiro embate quando chegámos é completamente surreal, só mesmo vendo ao vivo. Chegámos às 2h, com 10 graus negativos, com as pessoas num campo de refugiados, sem o mínimo de condições”, disse a autarca, referindo que alguns ainda querem ficar “porque têm a esperança de que a guerra termine o mais rápido possível”.

O grupo vai ficar instalado no Colégio de Quiaios com acesso a biblioteca, aulas de música e português e a espaços de lazer, e esta tarde vai ser sujeito a avaliação médica e testados à covid-19.

À medida que vão integrando o mercado de trabalho, cada agregado vai-se instalando nas casas que estão a ser preparadas para os acolher.

O município da Figueira da Foz preparou uma bolsa de emprego, de alojamento e de escolas, para que as crianças possam ser matriculadas e frequentem o ensino.

“Queremos trazer as pessoas, mas acima de tudo dar-lhes dignidade e uma vida que deixaram toda para trás. Queremos estar ao lado e dar-lhes aquilo que perderam de alguma forma”, sublinhou a vereadora Olga Brás.

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