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Figueira da Foz investe 100 mil euros em novo cais flutuante no rio Mondego

O município da Figueira da Foz tem em curso uma obra de implementação de um novo cais flutuante no rio Mondego, um investimento de 100 mil euros pensado para melhorar as condições de prática de desportos náuticos.

O novo cais, uma estrutura flutuante com 40 metros de extensão, está em fase de montagem na zona da Fontela, freguesia de Vila Verde, nas instalações do Centro Náutico do Ginásio Clube Figueirense (GCF), localizadas, em linha recta, a cerca de três quilómetros a montante da baixa da cidade.

“Trata-se de garantir uma nova acessibilidade ao rio, permitindo melhorar as condições naquela zona para actividades de lazer e desportos náuticos”, disse hoje à agência Lusa o presidente da Câmara da Figueira da Foz, Carlos Monteiro.

Assinalando a necessidade de “aproximar” a cidade ao rio e, com essa aproximação, a população poder usufruir de troços do Mondego junto à foz, mas também em redor da ilha da Morraceira (situada entre os braços norte e sul daquele curso de água), Carlos Monteiro destacou esta “obra concreta”, em fase de conclusão, mas também os cais existentes na margem sul (Cabedelo), Moinho de Maré das 12 Pedras, no rio Pranto e no canal que leva ao Núcleo Museológico de Sal, em Lavos.

A intervenção na Fontela decorre de um protocolo assinado há dois anos, em Agosto de 2018, entre o município e o GCF, concessionário até 2029 da área sob administração portuária onde se situa o centro náutico.

O novo cais “vai facilitar o acesso à água às nossas embarcações, em conjunto com as escadas e a rampa existentes”, disse, por seu turno a presidente do Ginásio Figueirense, Ana Rolo.

Ainda de acordo com a dirigente, além dos remadores do clube – o quinto mais antigo do país, que comemora este ano 125 anos – as infraestruturas de acesso ao Mondego na Fontela estarão “disponíveis para toda a população do concelho” nos termos do protocolo celebrado com o município.

No documento, entre outras considerações, a Câmara Municipal justifica o investimento por pretender apostar “na oferta de infraestruturas náuticas adequadas à procura turística actual”, enquanto o Ginásio Figueirense passa a permitir ao município “o uso das escadas e rampa de acesso já existentes”.

A intervenção de montagem do cais flutuante está a cargo da empresa Lindley, especialista em equipamentos para portos e marinas, que frisa que a infraestrutura tem o objectivo de dar apoio à actividade do remo, turismo náutico e outras actividades desportivas e de lazer.

Ouvido pela Lusa, director comercial da empresa localizada em Cascais, Pedro Vieira, explicou que o cais tem 40 metros de comprimento por dois metros de largura e três pontos de acesso, “dois dos quais com guardas rebaixadas para permitir retirar do rio as embarcações de remo, que são muito compridas”.

A estrutura flutuante permitirá, igualmente, a acostagem de embarcações de náutica de recreio e estará localizada “a cerca de 18 ou 19 metros da margem, para ter sempre água”, indicou Pedro Vieira.

A amarração à margem do rio será assegurada pelas três pontes de acesso à plataforma, “que funcionam como tirantes”, ancoradas em terra noutros tantos blocos construídos para o efeito. Por outro lado, “para impedir a deslocação horizontal da plataforma face às correntes do rio “será instalado um sistema de cabos entre as três pontes, acrescentou.

A obra deverá estar concluída na sexta-feira, mas, no entanto, o acesso à nova infraestrutura só deverá ser possível no final do mês, já que o clube irá repor o varandim sobranceiro ao Mondego, pois o antigo, em madeira, foi retirado para permitir a instalação da plataforma e será substituído.

O Centro Náutico do Ginásio Clube Figueirense foi inaugurado em Outubro de 2000, no âmbito de um protocolo de cedência de duas parcelas de domínio público marítimo, assinado quatro anos antes com a antiga Junta Autónoma do Porto da Figueira da Foz.

Em quase 25 anos, a agremiação desportiva, até à data o único investidor na zona de concessão e também responsável único pela manutenção e gestão daquela área, construiu dois pavilhões – um dedicado ao remo e outro onde estão instaladas as secções de tiro, desportos de natureza e um restaurante – rede viária, zonas verdes e escadas e rampa de acesso ao rio.

Além de ser acessível por automóvel, as instalações do centro náutico localizam-se a pouco mais de 100 metros da estação ferroviária da Fontela e são ainda servidas pela nova ciclovia que acompanha o rio Mondego entre a Figueira da Foz e Vila Verde.

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