O candidato do PS à presidência da Câmara da Figueira da Foz, Carlos Monteiro, recusou as críticas de “marasmo” no município que lidera e enunciou a obra feita “e paga” pelos executivos socialistas nos últimos 12 anos.
“Eu não vos quero tirar muito tempo com o passado, mas não podemos permitir que a Figueira, publicamente, seja acusada de estar no marasmo e na estagnação”, disse Carlos Monteiro na sessão de apresentação da lista candidata à junta de freguesia urbana de Buarcos e São Julião, realizada na baixa da cidade perante cerca de 200 pessoas.
“E que não há emprego. O concelho da Figueira da Foz é o 25.º concelho que paga uma remuneração média mais alta”, frisou Carlos Monteiro, referindo que empresas localizadas no município empregaram, em 2019, “mais 13.844 pessoas”.
Carlos Monteiro disse ainda: “E um concelho que está no marasmo, aumentou, de 1999 para 2019, 400 vezes o investimento na educação, 400 vezes o investimento na cultura. E aumentou 610% o investimento na saúde. É este o nosso concelho”.
Apesar da redução de população residente (-5,1%, segundo os dados preliminares dos Censos2021), Carlos Monteiro indicou que nos últimos dois anos essa tendência decrescente tem vindo a ser alterada: “E não é pelo aumento da taxa de natalidade, é pela atracção de novos residentes, franceses, holandeses, alemães, que estão a escolher o nosso concelho para viver”.
Admitindo que “podia ter sido feito mais” e criticando aqueles que “vão desvalorizando” a obra dos executivos do PS, Carlos Monteiro voltou ao tema da dívida de 92 milhões – imputada aos executivos do PSD entre 1998 e 2009 – com 62 milhões já pagos.
“Com a dívida que já pagámos, podíamos ter feito seis Centros de Artes e Espectáculos [construído por Santana Lopes no seu mandato que terminou em 2001 e inaugurado no mandato seguinte, em 2002]. Não era um, tínhamos feito seis”, ironizou.
Quatro novos centros escolares e a requalificação de “todas as escolas”, três novos centros de saúde em freguesias rurais, o novo quartel dos bombeiros, sapadores – antes “sem condições, sem equipamento e com um corpo desmotivado” – ou o edifício do chamado castelo Engenheiro Silva “abandonado e degradado” e que hoje é “um posto de turismo de excelência”, foram algumas das obras e intervenções enunciadas.
Entre outros temas, o autarca aludiu ao problema dos transportes no concelho, lembrando que a comunidade intermunicipal da Região de Coimbra lançou um concurso de 75 milhões de euros para o “resolver”.
“E, desde 23 de Agosto, temos o transporte flexível e a pedido, para servir, essencialmente, as zonas mais rurais. Que transporta em táxi, ao preço de um bilhete de autocarro, para o centro de saúde ou para a zona do terminal rodoviário. Estamos a melhorar”, argumentou.