As regiões de Turismo do Centro e do Norte e os municípios envolvidos na realização do Rali de Portugal, em Maio, vão solicitar ao Governo uma comparticipação financeira do Estado na organização desta competição automóvel.
O vice-presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Carlos Cidade, contou à agência Lusa que as duas entidades regionais de Turismo e as 14 autarquias que apoiam a edição deste ano do Rali Vodafone de Portugal vão enviar “ainda esta semana” ao primeiro-ministro, António Costa, um documento com esse objectivo.
“O pedido de comparticipação financeira do Estado é já para a edição deste ano”, precisou Carlos Cidade, anfitrião da conferência de imprensa de apresentação do Rali de Portugal, num momento em que o presidente da Câmara, Manuel Machado, se tinha ausentado da sala, devido a compromissos, em Lisboa, na qualidade de presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses, relacionados com o processo de aprovação do Orçamento do Estado para 2020.
Na intervenção final da sessão, nos Paços do Concelho de Coimbra, o vice-presidente salientou que “um evento desta dimensão”, que se realiza entre 21 e 24 de Maio, exige o envolvimento da Administração Central no plano financeiro.
Na sua opinião, o Rali de Portugal “tem uma posição única” na projecção do país a nível internacional.
As regiões de Turismo do Centro e do Norte e os municípios querem sensibilizar António Costa “para a necessidade de o Estado Central assumir também uma parte desta responsabilidade”, apoiando a iniciativa, como Manuel Machado já tinha defendido na abertura dos trabalhos.
“É o evento de maior projecção internacional de toda a região”, sublinhou, por sua vez, o presidente da Câmara de Arganil, Luís Paulo Costa, do PSD.
O presidente socialista da Câmara da Lousã, Luís Antunes, aproveitou o momento para realçar que o Rali de Portugal “é um investimento significativo que tem retorno”, sobretudo num território, entre o seu município e a capital do distrito, que “tem razões de queixa em relação às acessibilidades” depois do encerramento do ramal ferroviário da Lousã, há 10 anos, com a promessa de um metro ligeiro, desde 1996, e mais recentemente de autocarros eléctricos, o denominado “Metro Bus”.
O director da prova organizada pelo Automóvel Club de Portugal (ACP), Horácio Rodrigues, frisou que a sustentabilidade ambiental “é uma das prioridades” da edição deste ano do Rali de Portugal.
Usaram ainda da palavra o professor Fernando Perna, da Universidade do Algarve, que apresentou um estudo sobre o impacto da edição de 2019 da prova na economia do turismo e na imagem do destino, além dos presidentes das câmaras de Mortágua, Júlio Norte, e de Góis, Lurdes Castanheira.