Portugal registou 6.880 vítimas mortais em resultado directo da sinistralidade rodoviária durante a última década, anunciou hoje a Polícia de Segurança Pública (PSP), no âmbito do Dia Mundial em Memória das Vítimas da Estrada, que se assinala no domingo.
Segundo a PSP, uma das principais causas da sinistralidade rodoviária é a velocidade excessiva, “altamente potenciadora de ferimentos e danos graves”.
Deste total nacional, na área da PSP, em 2018 foram registados 15.642 acidentes com vítimas, contabilizando-se 83 vítimas mortais, 771 feridos graves e 18.274 feridos ligeiros.
Em 2019, os dados reportados pela PSP indicam a ocorrência de 16.341 acidentes com vítimas, o que resultou em 107 vítimas mortais, 788 feridos graves e 19.063 feridos ligeiros.
“Ainda assim, verificamos que, tanto a nível global como nacional, o panorama da sinistralidade rodoviária e das suas consequências tem vindo a melhorar consistentemente”, avançou a polícia nacional.
Os dados da evolução da sinistralidade na União Europeia relativamente às vítimas mortais apontam para 55.652 mortos nas estradas no ano 2000, número que tem vindo a descer ao longo dos anos, em 2010 com 31.516 vítimas mortais e com o número mais baixo registado em 2018 com 21.717 mortos.
Quanto à evolução sinistralidade Portugal, os dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) revelam que em 2010 houve 35.426 acidentes com vítimas, com 937 vítimas mortais, 2.475 feridos graves e 43.890 feridos ligeiros.
Com oscilações aos longos dos últimos anos, sobretudo no número de mortos registados nas estradas portuguesas, em 2019 contabilizaram-se 35.704 acidentes com vítimas, com 626 vítimas mortais, 2.168 feridos graves e 43.183 feridos ligeiros, segundo os dados da ANSR.
Sobre as causas da sinistralidade, em que a velocidade excessiva é apontada com “altamente potenciadora de ferimentos e danos graves”, a polícia adiantou que “tendo como referência a velocidade máxima permitida, diminuir a velocidade em 5% traduz-se na redução em 30% da probabilidade de ser interveniente num acidente de viação com consequências graves”, de acordo com dados de 2018 da Organização Mundial de Saúde.
Neste sentido, a PSP vai continuar a apostar na “proactividade policial”, realizando operações de fiscalização de controlo da velocidade em locais propensos a acidentes de viação, também com base na estatística dos acidentes registados.