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Portugal apresenta quadro de estabilidade, generalidade do país passa a situação de alerta em 1 de Julho – Costa

A generalidade do país vai passar em 01 de Julho para a situação de alerta devido à pandemia de covid-19, sendo a excepção a Área Metropolitana de Lisboa, anunciou hoje o primeiro-ministro. António Costa considerou hoje que o processo de desconfinamento em Portugal está a ser possível num quadro de estabilidade, sem aumento significativo de novos casos de covid-19 e sem pressão do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Em conferência de imprensa, realizada no final da reunião do Conselho de Ministros, António Costa avançou que a maior parte do país vai passar de situação de calamidade para alerta, enquanto a Área Metropolitana de Lisboa (AML) passa para situação de contingência (nível intermédio) e 19 freguesias da AML mantêm o estado de calamidade.

Esta análise de carácter global foi defendida por António Costa em conferência de imprensa, no final da reunião do Conselho de Ministros, numa intervenção que dedicou na sua parte inicial à evolução da pandemia de covid-19 em Portugal desde Março até ao presente.

Segundo o primeiro-ministro, a evolução registada “mostra que foi possível” desconfinar sem um aumento significativo de novos casos e sem qualquer pressão de procura em relação ao SNS, mantendo-se estável a taxa de risco de transmissibilidade (Rt).

Perante os jornalistas, António Costa referiu que, dentro de 15 dias, o Governo fará novo balanço sobre o estado de controlo da pandemia em Portugal, e defendeu que o país, desde o início do processo de desconfinamento, a partir do começo de Maio, “tem mantido um crescimento ligeiro” de novos casos de covid-19.

Depois, uma vez mais, o líder do executivo reiterou a tese de que Portugal apostou num aumento do número de testes e, apesar disso, “regista-se uma manutenção ao nível na percentagem de novos casos”.

“No dia em Portugal iniciou o descofinamento tinha 11,4% de casos positivos relativamente aos testes realizados, há 15 dias tinha quatro por cento e hoje está com 4,8% de testes positivos. Portanto há uma estabilidade no que respeita ao número de casos confirmados a nível nacional”, advogou.

Ainda segundo o primeiro-ministro, outro factor “decisivo” passa por aferir a gravidade da situação das pessoas que são testadas como positivas – um critério que tem sobretudo em linha de conta a capacidade de resposta do SNS.

“Se olharmos para o número de internados, verificamos que continuamos sempre com uma tendência descendente, embora relativamente estável nas últimas semanas. De 968 pessoas internadas no início do desconfinamento, passou-se para 436 no dia de hoje. Tivemos uma queda continua até 07 de Junho e, desde aí, temos mantido um número estável”, sustentou, antes de aplicar idêntica conclusão aos doentes em unidades de cuidados intensivos.

“Desceu-se de 172 para 67. Houve uma queda mais ou menos continua até 08 de Junho, seguindo-se uma ligeira subida com posterior estabilização”, completou.

Por outro lado, ao nível da taxa de ocupação das camas nas unidades de cuidados continuados, critério que classificou como “decisivo”, António Costa afirmou que “nunca foi ultrapassada a fasquia dos oitenta e poucos por cento”.

“Está hoje nos 62% de taxa de ocupação, ao mesmo tempo que se verifica uma diminuição do número de óbitos diários. Portugal tem uma taxa de letalidade de 3,8%, o que representa uma das mais baixas do conjunto da União Europeia”, acrescentou.

Para a generalidade do país, que vai passar a situação de alerta às 00:00 de 01 de Julho, António Costa sublinhou que “não significa retomar a normalidade pré-Covid”.

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