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Orçamento de Estado 2020: Negociações começam hoje

O Governo apresenta hoje às três estruturas sindicais da função pública a sua proposta sobre as matérias a constar no Orçamento do Estado para 2020 (OE2020), que poderá incluir os aumentos salariais para o próximo ano.

Caso as associações sindicais pretendam pedir negociação suplementar, “poderão fazê-lo no final da última reunião negocial, ou por escrito, no prazo de cinco dias úteis, a contar do dia 11 de Dezembro”, lê-se na convocatória, segundo a agência Lusa.

“Em todo o caso, sendo intenção do Governo apresentar a proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2020 no dia 16 de Dezembro e para que todo o processo negocial possa decorrer por inteiro antes desta apresentação […], a reunião suplementar fica desde já agendada para o dia 13 de Dezembro”, afirma a mesma fonte.

As reuniões realizam-se esta tarde no edifício da Presidência do Conselho de Ministros, em Lisboa, com os dirigentes da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública, da CGTP, a Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP) e a Frente Sindical liderada pelo Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), ambas da UGT.

Na reunião realizada em 07 de Novembro, as estruturas sindicais exigiram que o Governo iniciasse “rapidamente”, antes da apresentação da proposta do Orçamento do Estado para 2020, a negociação sobre matérias com impacto orçamental, como a actualização salarial dos trabalhadores do Estado.

A FESAP reivindica uma actualização de 3,5% em 2020 e o STE de 3%, enquanto a Frente Comum exige um aumento de 90 euros para todos os trabalhadores.

Os funcionários públicos não têm actualizações salariais desde 2009. Em 2019, o Governo decidiu actualizar apenas as remunerações mais baixas, aumentando a base remuneratória da função pública, que passou de 580 euros em 2018 para 635,07 euros em 2019, montante correspondente ao quarto nível da Tabela Remuneratória Única (TRU).

No Programa do Governo, o executivo diz que o aumento em 2020 “decorrerá, nos primeiros anos, em grande medida, do impacto das medidas de descongelamento das carreiras, que será particularmente elevado até 2020, do efeito extraordinário da reposição do tempo nalgumas carreiras até 2021 e do aumento do emprego público que se tem verificado nos últimos anos, mas inclui também uma margem para aumentos dos salários, que poderão ser mais expressivos a partir de 2021”.

O Governo tem sinalizado que a actualização em 2020 será em linha com a inflação.

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