O primeiro-ministro considerou hoje que, ultrapassado o impasse negocial no Eurogrupo, é importante que o Conselho Europeu se reúna “o quanto antes” para acordar uma resposta comum à crise motivada pela pandemia de covid-19.
“Ultrapassado o impasse no Eurogrupo, abre-se agora espaço para que o Conselho Europeu possa reunir o quanto antes para acordar uma resposta comum europeia a esta crise que nos atinge a todos”, escreveu António Costa na sua conta pessoal na rede social Twitter.
O Eurogrupo acordou hoje a criação de um fundo de recuperação após a crise gerada pela covid-19, mas pediu aos líderes europeus para decidirem “o financiamento mais apropriado”, se através da emissão de dívida ou de “formas alternativas”.
“Acordámos a criação de um fundo de recuperação, que irá alavancar a nossa economia e os investimentos que precisamos”, anunciou o presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, falando em videoconferência após a reunião dos ministros das Finanças europeus, que começou na terça-feira e esteve, entretanto, suspensa até ter sido retomada esta noite.
Frisando que “este será um fundo temporário e ligado às causas da covid-19”, o também ministro das Finanças português frisou que caberá aos chefes de Governo e de Estado da União Europeia UE decidir qual o seu financiamento.
Isto porque “alguns Estados-membros expressaram que o fundo deveria ser suportado pela emissão de dívida conjunta [os chamados ‘eurobonds’ ou ‘coronabonds’], enquanto outros defenderam formas alternativas”, referiu Mário Centeno, num resumo das posições divergentes.
O líder do fórum dos ministros da zona euro – que nestas discussões tem funcionado num formato alargado – vincou que os responsáveis presentes na reunião “concordaram que é preciso delinear algo novo”.
“Agora aguardamos as directrizes do Conselho Europeu porque há formas diferentes de suportar este fundo e temos de discutir o financiamento apropriado”, acrescentou.