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Festival do Arroz e da Lampreia começa dia 6 de Março em Montemor-o-Velho

A lampreia e o arroz carolino do Baixo Mondego aplicado àquela iguaria gastronómica e à doçaria, são destaque, a partir de sexta-feira, em Montemor-o-Velho, num festival, hoje apresentado, que aposta também na animação e actividades para crianças.

A edição 2020 do Festival do Arroz e da Lampreia reúne, até dia 15, quatro tasquinhas de instituições concelhias, que servem almoços e jantares. Nas sextas-feiras e dois fins de semana do evento estarão as quatro abertas e, durante a próxima semana, cada uma assegura um dia, de segunda a quinta-feira, explica a organização, a cargo do município local.

Para além das tasquinhas, a tenda com mais de 3.500 metros quadrados instalada no centro da vila de Montemor-o-Velho inclui sete bares e petisqueiras e mais de 40 espaços de produtos endógenos e doçaria tradicional, artesanato, maquinaria agrícola, comércio e serviços e representações institucionais.

À agência Lusa, o presidente da Câmara de Montemor-o-Velho, Emílio Torrão notou que a lampreia servida no evento “tem uma grande probabilidade, em mais de 90%”, de ser oriunda do rio Mondego.

“Os que sabem e têm gosto pela lampreia reconhecem se é daqui da zona ou não. A daqui é mais dura e tem um sabor diferente, a importada é mais mole e tem um sabor horrível”, argumentou o autarca.

Por outro lado, Emílio Torrão assegurou que há tasquinhas “que só compram a pescadores locais”, o mesmo acontecendo com “um grande distribuidor (de lampreias) da Figueira da Foz”.

Sobre os destaques da edição deste ano do festival, que tem um orçamento de cerca de 60 mil euros, Emílio Torrão apontou a “aposta na animação, um velho anseio dos participantes”, que, pela primeira vez, recorre à contratação de artistas externos ao município, com Quim Barreiros a subir ao palco no sábado e uma banda de tributo aos Xutos & Pontapés agendada para dia 14.

A restante animação ao longo de todos os dias do certame estará a cargo de cerca de 30 ranchos folclóricos, grupos musicais, de cantares, dança e fado, entre outros.

O autarca destacou ainda a “inovação” nas propostas para os mais pequenos, consubstanciada no evento MiniChef, dirigido a crianças entre os 6 e os 12 anos, numa parceria entre a Câmara Municipal, a Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra e a Associação Diogo de Azambuja.

“Vamos por os mais pequenos a cozinhar”, resumiu Emílio Torrão.

Uma das actividades de maior sucesso da edição anterior – a maratona de confecção de arroz-doce ao vivo – regressa este ano, aumentada para dois dias, 12 horas por dia.

Segundo a organização, quem quiser participar (a inscrição é gratuita mas obrigatória e destinada a residentes no município) leva de casa “o tacho e os restantes utensílios necessários e, eventualmente, aquele ingrediente secreto que pode elevar ainda mais a deliciosa sobremesa”, enquanto os promotores distribuem um kit constituído por arroz carolino, leite e açúcar, para além de avental, touca e luvas.

“Estamos muito apostados na promoção do arroz carolino na modalidade de arroz doce. O ano passado foi um sucesso, alargamos para dois dias esta divulgação de receitas tradicionais que passa dos mais velhos para os mais novos, da avó para a neta e de pais para filhos”, assinalou Emílio Torrão.

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