As escolas devem reabrir em situação de normalidade e só uma evolução negativa da pandemia levará a decisões contrárias, de maior ou menor alcance, que o Governo disse hoje estar preparado para tomar.
Na conferência de imprensa da reunião do Conselho de Ministros de hoje, a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva disse, depois de questionada sobre o tema, que o Governo está a trabalhar com as escolas para garantir um cenário “o mais próximo possível do normal arranque do ano lectivo”.
“Obviamente, que a cada momento e em função da situação epidemiológica estamos sempre preparados para tomar decisões diferentes. Decisões diferentes mais limitadas, de pequenos acertos ao funcionamento, ou decisões diferentes mais significativas, retomando o ensino à distância e a plataforma de estudo em casa, que continua a ser preparada para que possa responder”, disse a ministra.
Mariana Vieira da Silva disse que são conhecidas as orientações para a reabertura das escolas e arranque do ano lectivo e sublinhou que depende da situação epidemiológica no momento do arranque um início de aulas mais próximo da normalidade ou com limitações, como a divisão de turmas ou o recurso ao ensino à distância, por exemplo.
“Essas decisões são tomadas pelas autoridades de saúde e pelo Ministério da Educação em função da condição de partida que se conheça”, disse.
Reconhecendo a situação de excepcionalidade que vai obrigar os alunos a usar máscara, a ter sempre disponível gel desinfectante, a criar corredores de circulação, regras de permanência e horários específicos para refeições, entre outros aspectos motivados pelo combate à pandemia de covid-19, decididas pelas escolas, pelo Ministério da Educação e pelas autoridades de saúde, a ministra frisou também a importância do regresso à escola.
“Consideramos que o regresso às aulas é da maior importância, para as crianças e para os jovens, para toda a sociedade e estamos a trabalhar para que possa ser retomado”, disse.
“Quando em Março encerrámos as escolas o nível de conhecimento que existia também era distinto do que hoje existe e hoje é uma recomendação de todos, da própria OMS, que as escolas possam retomar, porque elas são, para muitas crianças e jovens, o local mais seguro e onde mais condições de segurança e de saúde pública se podem garantir, além do ensino e de aprendizagem, do contacto com outras crianças, da alimentação que a escola pública fornece”, acrescentou a ministra.