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Santana Lopes critica IP por falta de informação sobre obras na ponte

O presidente do município da Figueira da Foz mostrou-se indignado pelo facto de a Infraestruturas de Portugal (IP) não ter comunicado à Câmara a assinatura do contrato da empreitada de reabilitação e reforço da Ponte Edgar Cardoso. “É magnífico, assinam e publicam contratos de obras no concelho da Figueira da Foz sem dar informações, nem uma palavra, à autarquia”, criticou Pedro Santana Lopes, em sessão de Câmara.

O autarca reagiu desta forma à notícia publicada nos jornais de que foi assinado o contrato das obras de reabilitação da Ponte Edgar Cardoso, sobre o rio Mondego, unindo as margens na Figueira da Foz. Santana Lopes criticou também o facto de a travessia, com cerca de 1,4 quilómetros de extensão, vir a encerrar durante o dia numa faixa de cada lado, salientando que a IP quando intervém nas pontes de Lisboa não faz as obras durante o dia.

“Ai se fechassem durante um mês a ponte sobre o Tejo. Em todas estas décadas não vi a Ponte 25 de Abril fechar uma semana sequer”, disse o presidente da autarquia figueirense. Considerando a atitude da IP como um facto “absolutamente inaudito”, o autarca defendeu que todos os municípios têm de ser tratados da mesma maneira e prometeu diligências nesse sentido.

“Exigiremos igualdade de meios e de trabalho iguais às que existem na capital do país”, disse Santana Lopes, que não quer ver o concelho prejudicado com a realização de obras no período diurno numa ponte “que até dá acesso a um hospital”. Segundo os jornais em que saiu a notícia, a intervenção na ponte da Figueira da Foz, como também é conhecida, foi adjudicada por 16,7 milhões de euros, com um prazo de execução de 630 dias.

O concurso público para reabilitar e reforçar a Ponte Edgar Cardoso foi lançado em Março do ano passado, integrando o programa anual de investimentos da IP na melhoria das infraestruturas que tutela, sendo que o investimento será realizado com capitais próprios.

Nesta beneficiação estão contemplados, entre outros trabalhos, a protecção das superfícies de betão das torres e anticorrosiva da estrutura metálica do tabuleiro da ponte, a limpeza, decapagem e pintura dos guarda-corpos, incluindo reparação dos módulos danificados, a substituição do revestimento existente nos passeios e das juntas de dilatação, e a alteração do sistema de iluminação pública.

A Ponte da Figueira da Foz, projectada pelo professor Edgar Cardoso, foi a primeira ponte rodoviária com o tabuleiro ‘atirantado’ em Portugal, tendo sido aberta ao tráfego em 1982.

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