Os restaurantes e a Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz (ACIFF) consideram “necessárias” as medidas relativamente à Páscoa e apelam à “prudência para um verão melhor”.
“Todos estamos de acordo de que o nosso sistema precisava de baixar a curva pandémica e restringir a circulação de pessoas na rua, daí apelarmos para que as pessoas e os empresários cumpram escrupulosamente as recomendações da Direcção Geral da Saúde (DGS), a nível individual, para não termos de voltar a um novo confinamento”, disse Nuno Lopes à agência Lusa.
Segundo o presidente da ACIFF para o turismo, a “grande aposta” está concentrada para no verão, no entanto, apela à “prudência” da população para a altura da Páscoa.
“Vindo de um 2020 muito difícil e ao começo de um 2021 da pior maneira, logo a primeira tentação é fazer muitas atividades e campanhas para chamar as pessoas e estimular as vendas, mas isso tem de ser feito de uma forma controlada, por isso, entendemos fazer actividades lúdicas, e campanhas ao comércio, consoante os números pandémicos”, refere Nuno Lopes, presidente da ACIFF.
“O pior que podia acontecer para a economia é confinar, desconfinar, confinar e voltar a desconfinar, devemos pensar num desconfinamento progressivo”, a perspetivar a “retoma económica e não um crescimento rápido”, para “a seguir fechar”, sublinha.
Para o responsável da ACIFF para o turismo, foi realmente necessário “tomar medidas drásticas, mas estamos na altura de retornar à actividade, começa a haver, para além de uma saturação psíquica, um estrangulamento económico”.
Em declarações à agência Lusa, Mário Esteves, presidente da Associação Figueira Com Sabor a Mar, concorda com a decisão do Governo de encerrar para o confinamento, no entanto, “não se pode andar sempre a fechar, numa economia feita de soluços”, afirma.
Na Páscoa, vai subsistir a entrega take away, que, admite, é uma situação que “mantém praticamente a proximidade com o cliente”.
Mário Esteves refere que a maneira de atrair os turistas para o verão é através de iniciativas gastronómicas com “pratos que atraiam os turistas porque é pela boca que nos habituamos a conquistá-los”.
Relativamente aos apoios considera que “nunca são suficientes” e que, além disso, “demoram, prometem, prometem e retardam a atribuí-los”.
De acordo com o proprietário da pizzaria Luzzo e vice-presidente para o Turismo da Associação Comercial e Industrial, Jorge Simões, a perspectiva para este verão é que seja “semelhante ao do ano de 2020″.
Apesar de achar que “os apoios nunca são suficientes”, entende que é necessário “colocar no outro lado da balança e ter consciência de que o Governo não consegue ajudar mais porque não tem possibilidade”.