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“Quando a maré sobe a empresa não pode trabalhar” – obras na rua do mercado municipal

Durante a reunião camarária de hoje, Carlos Monteiro, presidente da Câmara da Figueira da Foz, esclareceu o ponto de situação das obras numa conduta junto ao mercado municipal que mantém parte da rua adjacente vedada ao trânsito.

“Essa obra está a decorrer ao maior ritmo, só não corre mais depressa porque está condicionada à maré. Quando a maré sobe a empresa não pode trabalhar”, explicou o autarca.

Lembrou que a conduta em causa leva a água do ribeiro das Abadias por debaixo da zona do Jardim Municipal até ao Mondego, em frente ao mercado.

“E aquilo anda a ceder há anos, nós preocupados com situações recorrentes analisámos por dentro a conduta e a conduta estava em risco de ceder, de engolir dois, três, quatro carros. A situação era esta. A empresa tem feito um trabalho excepcional, teve dois problemas, que ninguém consegue controlar, um foram as chuvas intensas e o outro é a maré”, adiantou.

“Vai ficar concluída a muito curto prazo e marca muito aquela zona. Foi obra que era emergente fazer”, frisou Carlos Monteiro.

Outra obra naquela zona é a do próprio Jardim Municipal e área envolvente: “Hoje quem passa na envolvente já percebe que a rua da Cadeia vai ter um aspecto diferente, a rua Calouste Gulbenkian vai ter passeios onde as pessoas podem circular sem estarem a cair nas raízes dos plátanos e há um compromisso da empresa da zona de circulação estar resolvida até Junho”, disse Carlos Monteiro.

Já o interior do Jardim Municipal, cuja requalificação tem sido alvo de várias críticas, nomeadamente nas redes sociais, o autarca frisou que a intervenção “vai demorar, porque as plantações são coisas complexas para serem bem feitas”, explicando que está a ser retirada terra e a ser colocada terra “boa” para as novas plantas.

“Às vezes é preciso saber-se a história das coisas para as compreender. Aquele jardim não é feito na Várzea, onde existem metros e metros e metros de terra fértil, aquela era uma praia, era a praia da Fonte. Ali foram colocadas terras férteis em cima de areia, é um solo pobre. Durante anos, a vegetação a retirar nutrientes tornou aquele solo exaurido, com todas as consequências e as fezes das pombas a acidificá-lo, ainda pior”.

“Ou havia ali uma transformação rápida ou amanhã não existia, é um pouco como cultivar no deserto”, argumentou Carlos Monteiro.

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