Dia de Natal ( 25 de Dezembro), às 21h, sobe à cena no palco
da sede da Sociedade Filarmónica Figueirense (Rua Dr. Santos Rocha, 33) a peça
“Autos Pastoris” (vulgarmente conhecida por “Presépio”, que
“não é representada naquela colectividade há mais de 30 anos.
Esta representação volta a subir a cena na tarde do próximo
domingo, às 16h.
“Claramente um misto religioso e pagão, que se inscreve na
memória colectiva da Figueira da Foz, para além de se assumir como a tradição
mais antiga da cidade, mostra quadros musicais, plenos de vivacidade e que
elevam de forma ingénua o nascimento de Jesus. Há um claro apelo à cultura
popular portuguesa, bem vincada nas cenas que, outrora dispersas, se juntaram
num auto com características muito peculiares e a tocar o ideal vicentino”,
segundo António Jorge Lé.
A Romagem do Diabo aparece no século XIX e é inserida nos
quadros. Antigamente o Presépio foi representado em vários teatros do concelho
figueirense. e mereceram sempre várias referências de conceituados autores
locais. Maurício Pinto, Armando Coimbra, Augusto Pinto, entre outros, teceram
elogios a esta forma de expressão natalícia.