O projecto de comunicação social Central Press foi ontem lançado, querendo cobrir a totalidade da região Centro com delegações em todas comunidades intermunicipais, afirmou o presidente da administração da empresa.
O projecto, assente numa plataforma digital (centralpress.pt), estando previsto um investimento de cerca de um milhão de euros e uma equipa inicial de 36 jornalistas, que ainda está em processo de ser constituída, disse à agência Lusa Heráclito Alberto, presidente do conselho de administração da empresa.
Apesar de a Central Press estar sediada em Coimbra, haverá delegações em todas as comunidades intermunicipais da região Centro, esclareceu.
Segundo Heráclito Alberto, o projecto está a ser desenvolvido há um ano, esperando que a plataforma digital entre em velocidade cruzeiro, com a equipa de jornalistas totalmente constituída, no arranque de 2024, esperando ainda no primeiro trimestre do próximo ano lançar uma ‘webtv’.
Futuramente, há também vontade de criar um canal no cabo, associado ao projecto, vincou.
O responsável pela empresa salientou que todos os jornalistas contractados terão um contracto sem termo e salários acima da média paga pelos órgãos de comunicação social locais.
De acordo com o responsável, a perspectiva financeira do projecto foi trabalhada de forma “muito cuidada”, aclarando que a base das receitas virá da publicidade.
No entanto, o empresário explicou que foi criada uma sociedade anónima em que vários empresários da região poderão adquirir participações.
Heráclito Alberto vincou que o projecto editorial “é totalmente independente” da empresa e que não haverá qualquer intervenção da administração “no trabalho da equipa de informação”.
O presidente do conselho de administração da empresa, natural da Figueira da Foz, dedicou-se ao marketing, tendo trabalhado em Luanda em várias empresas, entre as quais a Rádio Nacional de Angola, como assessor para o marketing e relações internacionais, disse à agência Lusa o responsável, referindo que foi nessa altura que se “apaixonou” pelo universo da comunicação social.
Contactada pela agência Lusa, a directora de informação da Central Press, Maria da Graça Polaco, realçou que o projecto pretende dar resposta a um “deserto informativo” que se constata na região, salientando que, para além do ‘site’ agora disponível, o caminho passa por transformar a plataforma numa televisão.
“Decidimos arrancar devagarinho, de forma minimalista, para pôr a máquina a funcionar”, explicou, sublinhando que a equipa terá repórteres de imagem e jornalistas, com o objectivo de assegurar uma emissão ‘online’, seja na sua plataforma, seja através das redes sociais do projecto.
A directora do projecto salientou que não pretendem seguir uma linha sensacionalista, assumindo-se como um espaço generalista.