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Secretária de Estado das Pescas visitou obra da Docapesca

A Secretária de Estado das Pescas, Teresa Coelho, deslocou-se ontem à tarde às instalações da Docapesca – Portos e Pescas S.A. para se inteirar do andamento da obra em curso para construção de um pavilhão industrial de transformação e congelação de pescado, um investimento no valor de 1.267.000,00€, cuja conclusão está prevista para Julho de 2024.

A visita contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes; do vereador Manuel Domingues; do Presidente do Conselho de Administração da Docapesca e do Director Regional da empresa, Sérgio Faias e Nuno Nazário, respectivamente; do Presidente da Administração da Atlanticeagle Shipbuilding – AES (Estaleiros Navais do Mondego- ENM), Bruno Costa, e do armador António Lé.

De seguida os mesmos realizaram uma reunião informal, na qual abordaram diversos assuntos relacionados com o sector das pescas na Figueira da Foz, nomeadamente, e de forma incisiva, o problema do acesso à barra do porto da Figueira da Foz e a ausência de uma draga em permanência no mesmo.

O António Lé anunciou que, no âmbito de uma candidatura ao PRR, irá “reactivar a construção de barcos tradicionais de pesca nos históricos Estaleiros Navais do Mondego”, através do «Atleta», uma nova embarcação, que espera que venha a ser uma referência nacional e internacional.

O armador referiu ainda que tendo em conta que a Figueira é um “porto central” merece mais atenção da administração pública.

Bruno Costa expressou a sua satisfação pela encomenda do «Atleta», cuja construção deverá ter início no primeiro trimestre de 2024 e salientou que que o alumínio é uma matéria-prima de referência nos estaleiros da Figueira da Foz, na construção de embarcações de grande capacidade, e uma “oportunidade extraordinária”. O estaleiro está a ser potenciado, emprega quase centena e meia de pessoas e até já se encontra a recusar trabalho, não por falta de capacidade, mas porque a falta de dragagem “tem sido um grande problema para nós”.

Teresa Coelho, que ouviu atentamente todas as questões e problemas apresentados, e salientou que o armazém em construção reflecte a preocupação com a comunidade piscatória.

“Todos estes investimentos são feitos com receitas próprias” da Docapesca, para as quais contribuem os pescadores”. Com as suas taxas contribuem para “maior segurança e melhores condições”, reforçou a governante que colocou a possibilidade de canalizar para os estaleiros da Figueira da Foz alguns trabalhos que se encontram parados noutro estaleiro nacional.

Teresa Coelho não quis deixar de congratular Santana Lopes, por ser um presidente de câmara que se preocupa com a comunidade piscatória, alguém com “preocupações verdadeiramente humanistas”.

Já Santana Lopes foi quem mais enfatizou o problema da dragagem do porto da Figueira da Foz, considerando-a “uma história interminável”. O mesmo advogou a necessidade de a Figueira da Foz ter uma draga em permanência e salientou que “está farto de conversas”, contudo lembrou que “a autarquia não pode fazer nada que saia fora das nossas atribuições e competências”, mas que tem de “haver uma consciencialização do poder central desta realidade”.

O edil aventou a possibilidade de, a título individual ou em parceria, a autarquia poder vir a adquirir uma draga, tendo para tal solicitado ao responsável pelos ENM um orçamento para a construção de uma, que se estima em cerca de dois anos.

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