A Praia do Cabedelo acolhe de dia 18 a dia 22 a 11.ª edição do Gliding Barnacles, um festival com surf, arte e música, que espera mais de 10 mil pessoas.
“É um festival que está a crescer muito. Tivemos a nossa maior edição no ano passado e este ano contamos continuar a crescer e ter mais pessoas ainda”, disse à agência Lusa Beatriz Fonseca, da organização, que é promovida pela Associação de Desenvolvimento Mais Surf.
Neste evento, que os promotores pretendem ser a maior edição de sempre, a prática do surf assume um formato diferente de qualquer outro a nível internacional, em que a modalidade não é encarada como um desporto de competição, mas sim como “uma expressão criativa e artística”.
Segundo Beatriz Fonseca, o festival mantém o objetivo de promover o surf, aliado à arte e à música, “numa tríade que caracteriza o festival” e o torna único, atraindo milhares de visitantes de mais de 30 países.
“O nosso público continua a ser maioritariamente estrangeiro, mas nos últimos três anos temos visto um crescimento do público português, que é muito bom, o que quer dizer que o país também está a reconhecer aquilo que já era reconhecido lá fora”, sublinhou.
Pela Praia do Cabedelo vão passar surfistas de vários pontos do mundo, desde Japão, Estados Unidos e Austrália, passando pela Nova Zelândia e México.
Também surfistas renomados como Eurico Romaguera, Clovis Donizetti, Karina Rozunko e Ambre Victoire vão apresentar, em regime livre, o seu estilo, criatividade e inovação.
O Gliding Barnacles ” é mais do que um festival, é um movimento cultural que aproxima a comunidade local e visitantes de todo o mundo”, enfatizou Beatriz Fonseca, salientando que “é uma celebração da diversidade”.
“São dez anos de muita aprendizagem, mas principalmente de muita vontade de partilhar o que a nossa região e o nosso país têm de melhor, em que o conceito de partilha foi e continua a ser a força motriz do festival”, frisou.
A programação deste ano inclui quase 40 concertos ao vivo, numa mistura de bandas emergentes com nomes que já são conhecidos do evento, como Subway Riders, 800 Gondomar, Da Chick e Manteau.
O festival conta com uma residência artística aberta ao público, para receber intervenções em diversos formatos, desde pintura de murais e serigrafia até escultura e tecelagem, com artistas como Sofia Cruz (Krus), Gémeo Luís, Paul McNeill e Tanya Fryer.
Entre ondas e concertos, tudo de acesso gratuito, haverá ainda cortes de cabelos e tatuagens na praia e construção de pranchas de surf ao vivo, com “nomes sonantes deste ecossistema ao nível nacional e internacional”.
Com o mar e centenas de sofás como pano de fundo, a Praia do Cabedelo será ainda palco para performances artísticas, um mercado de comida de rua, uma feira de artesanato e tertúlias informais sobre temas de interesse para o público participante.
De acordo com a organização, a grande novidade deste ano é a extensão da residência artística à gastronomia, com curadoria de Paulo Amado, fundador das Edições do Gosto, com vários chefes a apresentar as suas confeções.
Entre eles, destacam-se Joana Duarte, da Rota das Algas, Miguel Menezes, do Douro Palace Hotel, João Bívar, do Shun Open Kitchen, Filipe Camacho, da Petiscaria Âncora, e João Sá, do restaurante Sála de João Sá, com uma estrela Michelin.
O Gliding Barnacles conta com o apoio do município da Figueira da Foz e do Turismo de Portugal.