A Federação Nacional dos Estudos Europeus (FNEE) promove no fim de semana, no Quartel da Imagem da Figueira da Foz, a segunda edição do Fórum FNEE, com o objectivo de aproximar a sociedade das questões da Europa.
O encontro, que reúne mais de três dezenas de jovens de 16 entidades, vai definir um plano de actividades nacional para promover a União Europeia, de forma a combater iliteracia sobre a política europeia antes das eleições para o Parlamento Europeu.
“A União Europeia está presente no nosso dia-a-dia – julgo que mais de 70% da nossa legislação é comunitária – e queremos também passar a mensagem que a União Europeia não são só fundos, mas também valores e um espaço a que Portugal pertence”, disse à agência Lusa o presidente da FNEE, Luís Filipe Marques.
Na primeira edição deste fórum, em Maio, os intervenientes (de núcleos de estudantes e associações juvenis) refletiram sobre os problemas dos jovens no relacionamento com a União Europeia e o seu distanciamento com a sociedade portuguesa, enquanto nesta segunda edição vão passar “da reflexão à prática”.
“Identificámos alguns problemas, algumas causas, abordámos a questão do desemprego, do distanciamento, do défice democrático e daquilo que se chama a bolha de Bruxelas e, portanto, vamos tentar através da divulgação democratizar o acesso a essa informação”, salientou Luís Filipe Marques.
O presidente da FNEE considera “muito importante sair da bolha e chegar à sociedade em geral, desde os jovens do ensino básico até aos idosos”.
“Vamos definir o definir o público-alvo, o que é necessário, quais as entidades que podem alocar recursos, não só financeiros, para nos ajudarem a trabalhar e a executar esse plano de acção”, referiu.
As propostas que saírem deste segundo Fórum FNEE vão ser calendarizadas de Janeiro a Junho até às eleições europeias, embora o objectivo seja prolongar as acções no tempo.
Segundo Luís Filipe Marques, normalmente só se fala da União Europeia quando são as eleições, pelo que a máxima da organização “é que se deve falar da União Europeia quando não são eleições”.
“O objectivo passa, agora, por olearmos a máquina para que, em conjunto com os nossos parceiros, possamos desenvolver actividades além das eleições europeias, que é um bocado o que temos vindo a fazer desde 2018”, salientou.
No fundo, acrescentou o dirigente, a FNEE pretende “concretizar iniciativas, indo às escolas, às empresas, falar com os agricultores e os idosos, porque há formas interessantes de falar sobre a União Europeia”.