A Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz (ACIFF) considerou hoje insuficientes os apoios do Estado às empresas em dificuldades devido à pandemia de Covid-19 e reclamou novas medidas ao Governo.
“As medidas existentes não são suficientes para o elevado stress e prejuízos causados na nossa economia”, afirma o presidente da ACIFF, Nuno Oliveira Lopes, numa carta aberta dirigida ao ministro da Economia, Pedro Siza Vieira.
A associação entende que “é necessário dar um período de carência no pagamento dos impostos, nas rendas ou créditos à banca, assim como um apoio no pagamento dos salários das empresas que estão com as portas encerradas” na actual situação de emergência nacional devido à propagação do novo coronavírus.
“Estamos ao lado do Governo, mas necessitamos que sejam tomadas medidas urgentes em termos de apoios que abranjam também as micro, pequenas e médias empresas, que permitam a manutenção dos postos de trabalho”, defende.
As medidas excepcionais em vigor “estão a ter um forte impacto negativo nas suas tesourarias, comprometendo a capacidade de muitas delas em cumprirem os compromissos assumidos com a banca, salários, estado ou fornecedores”, segundo a Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz, no distrito de Coimbra.
“O comportamento responsável e exemplar dos nossos empresários e trabalhadores deve merecer todo o apoio institucional que permita a sobrevivência do nosso tecido empresarial, mais exposto aos efeitos negativos desta pandemia”, afirma, na carta aberta ao Governo, que tem o ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital como destinatário.