InícioAmbienteMilitares portugueses são exemplo de preocupação com o ambiente - CEMGFA

Militares portugueses são exemplo de preocupação com o ambiente – CEMGFA

O chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), almirante Silva Ribeiro, enalteceu hoje a ação dos militares portugueses dos três ramos na preocupação com o ambiente, considerando-os um exemplo, quer na formação, quer em iniciativas concretas.

Em declarações à Lusa, à margem da abertura da Figueira Sea – Feira do Mar e da Sustentabilidade, a cuja sessão presidiu hoje na Figueira da Foz, Silva Ribeiro frisou que os três ramos das Forças Armadas “têm, desde sempre, preocupações ambientais muito rigorosas, desde logo na sua formação, para que nas suas ações provoquem um mínimo de impacte ambiental”.

“E em função da natureza dos meios que operam, também seguem um conjunto de procedimentos, estabelecidos na doutrina da NATO, porque, como é evidente, os meios militares em operação provocam impacte ambiental”, notou o CEMGFA.

Silva Ribeiro destacou as ações de preservação ambiental dos militares portugueses, “em campanhas pelo país”, quer da Armada, com elementos da Polícia Marítima nas praias ou “os próprios mergulhadores da Marinha em campanhas de recolha de lixo submarino”.

Por outro lado, lembrou o “contributo essencial” do Exército e da Força Aérea para a preservação do ambiente no apoio à Proteção Civil “para minimizar os efeitos das tragédias dos fogos florestais”.

O CEMGFA referiu ainda a investigação científica, exemplificando com a ação do Instituto Hidrográfico, “um dos centros de investigação de alta qualidade que Portugal tem para o mar”, que inclui duas divisões – uma de oceanografia e outra de química e poluição oceânica.

Silva Ribeiro classificou este como um trabalho “notabilíssimo” em colaboração com universidades, o Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA) e outras instituições nacionais, destacando estas sinergias que “põem a capacidade científica do país ao serviço daquilo que é a preservação ambiental”.

O almirante Silva Ribeiro lembrou também a ação do Instituto Geoespacial do Exército, com a sua “extraordinária capacidade de reconhecimento geoespacial” na vigilância do território nacional, “e, sobretudo, para apoiar universidades e institutos na investigação que desenvolvem”.

Convidado a dar um conselho à população sobre as melhores práticas de preservação do ambiente, Silva Ribeiro argumentou que o CEMGFA “não dá conselhos”, antes procura, “com muita humildade”, contribuir para alertar a consciência ambiental nacional enquanto cidadão.

“Todos nós, em todas as organizações, mas até ao nível individual, temos a necessidade de nos envolvermos neste esforço de preservação do ambiente, em Portugal e a nível global. Porque temos de assegurar que os recursos que hoje existem e que nos proporcionam este bem-estar de que nós hoje usufruímos, também estão disponíveis para as gerações futuras”, assinalou.

Silva Ribeiro destacou que “esses recursos incluem não só os minerais estratégicos, mas também a água e a qualidade do ar, absolutamente indispensáveis à qualidade de vida das gerações no futuro”.

Presente na sessão, o secretário de Estado do Ambiente e anterior presidente da autarquia da Figueira da Foz, João Ataíde, enfatizou que as alterações climáticas “são a grande questão do nosso tempo” e que Portugal “foi o primeiro país a assumir o compromisso de atingir a neutralidade carbónica até 2050”.

“E para essa neutralidade carbónica até 2050, Portugal tem pela frente uma redução de emissões de gases com efeito de estufa superior a 85% em relação às emissões de 2005”, avisou João Ataíde.

A Feira do Mar e da Sustentabilidade, organizada pela Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz em parceria com a câmara, decorre até sábado naquela cidade do litoral do distrito de Coimbra.

Pub

Leia também