Início Economia Covid-19: Maioria dos portugueses defende que condições económicas vão piorar

Covid-19: Maioria dos portugueses defende que condições económicas vão piorar

Quase metade (49,6%) dos portugueses defende que as condições económicas, impactadas pela covid-19, são fracas ou muito fracas, e 90,8% considera que vão piorar, segundo um estudo do Observatório da Sociedade Portuguesa da Católica Lisbon School.

Os índices de confiança económica e a sua evolução relativamente a períodos anteriores revelam que os participantes têm, de forma geral, “uma visão bem mais negativa que positiva das condições económicas em Portugal, tanto quanto às condições económicas actuais de Portugal como em relação à mudança do estado das condições económicas em Portugal, e também uma visão mais pessimista da economia portuguesa actualmente, comparativamente a períodos anteriores”, apontou o estudo.

De acordo com o documento, no que concerne à avaliação das actividades económicas, numa escala de um a sete pontos, 21,2% dos participantes indicaram que as condições económicas são boas a excelentes (cinco a sete pontos), 29,2% reportaram ser moderadas (quatro pontos) e 49,6% disseram que são fracas ou muito fracas (entre um e três pontos).

O indicador geral do estado actual das condições económicas, fixou-se assim em — 28,4 pontos, “sugerindo que há uma maior proporção de participantes a avaliar as condições económicas actuais de Portugal como fracas ou muito fracas que a avaliar como boas ou excelentes”.

Na questão sobre se as condições económicas em Portugal vão melhorar ou piorar, medida entre um e sete pontos, 3,9% dos inquiridos afirmaram que vai melhorar (cinco a sete pontos), 5,3% que nem vão piorar nem melhorar (quatro pontos), enquanto a grande maioria (90,8%) considerou que vão piorar (um a três pontos).

“Caracterizando o seu estado emocional durante o último mês, os participantes apresentam maior concordância com estados que revelam a sua preocupação e alguma ansiedade e discordam ligeiramente com estados como a calma […]. Os participantes revelam-se ainda indecisos quando inquiridos a cerca do optimismo em relação ao futuro, algo que poderá ser revelador do clima de incerteza que estamos a experienciar”, revelou.

No que se refere aos hábitos de consumo, destaca-se que os participantes querem voltar a consumir “apenas moderadamente”, face a antes da pandemia, “algo pouco positivo para a recuperação económica que se avizinha necessária”.

Verificam-se ainda “intenções elevadas” de começar a comprar produtos mais saudáveis e sustentáveis, que possam ser partilhados com outros.

Já no que se refere às medidas de combate à pandemia, “a generalidade dos participantes reportaram níveis de satisfação muito elevados face às medidas tomadas pelo pessoal médico, enfermagem e técnicos auxiliares de saúde do Serviço nacional de Saúde” e níveis de satisfação “moderadamente elevados” em relação às medidas tomadas pelas forças de segurança e protecção, pelos serviços de apoio à população prestados pelas juntas de freguesia, pelos municípios, pelo Governo e pela Direcção Geral da Saúde.

Os participantes apresentam, por outro lado, “níveis de concordância muito elevados” com as medidas de contingência implementadas pelo Governo.

O estudo, realizado entre 29 e 30 de Março, realizado através de um questionário ‘online’, contou com a participação de 1.000 pessoas, 657 das quais do sexo feminino e 343 do sexo masculino, com idades compreendidas entre 18 e 68 anos.

Por distrito, 33,8% dos inquiridos são de Lisboa, 12,3% do Porto, 7,8% de Setúbal, 5,2% de Coimbra, 4,2% de Aveiro e os restantes 31,5% estão distribuídos pelos outros distritos.

Quanto ao nível de escolaridade, a maioria (72,3%) possui ensino superior, 25,6% tem o ensino secundário completo e 2,1% tem o ensino básico.

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