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Escolas regressam hoje às aulas, mas à distância

Os alunos do 1.º ao 12.º ano retomam hoje as actividades lectivas, mas longe das escolas, regressando das férias antecipadas para o já conhecido ensino a distância que marcou o final do ano lectivo passado.

No total, são cerca de 1,2 milhões de alunos que voltam a ser obrigados a trocar, por tempo indefinido, as salas de aula pelas suas casas, quase um ano depois de, em Março, o Governo ter encerrado as escolas e implementado o ensino a distância para conter a pandemia de covid-19.

Se no ano passado o novo regime surpreendeu a comunidade educativa, desta vez já se previa essa possibilidade quando, há duas semanas, se anteciparam as férias e suspenderam as aulas.

Quando anunciou a medida, o primeiro-ministro, António Costa, disse que esperava que a interrupção das actividades presenciais fosse “de curta duração”, mas poucos dias mais tarde admitia que a retoma dificilmente seria possível ao final dos 15 dias previstos e que a alternativa seria o ensino ‘online’.

Apesar de este ser um cenário para o qual as escolas deveriam estar preparadas desde o início do ano lectivo, conforme as orientações do Ministério da Educação, os alertas de que nem todos os problemas foram resolvidos chegam de directores escolares, professores e pais, que antecipam o regresso com preocupação e esperança que dure pouco tempo.

Na lista das preocupações, constam sobretudo a falta de computadores e acesso à Internet para acompanhar as aulas ‘online’, a fragilidade de alguns alunos decorrente do seu contexto familiar e socio-económico, e a dependência dos alunos mais novos.

Para minimizar algumas dificuldades, da parte do Governo há a promessa de mais 335 mil computadores, que deverão ser distribuídos ao longo do 2.º período, além da compra de outros 15 mil ainda sem data prevista para chegar, e dos 100 mil já entregues em Novembro.

Há também o programa #EstudoEmCasa, lançado no ano passado, que continua a transmitir aulas na RTP Memória, e novas orientações do Ministério da Educação para as aulas ‘online’, para que haja “um equilíbrio entre actividades síncronas e assíncronas”, em função dos níveis de ensino e das turmas.

À semelhança do que aconteceu no ano passado, algumas escolas vão manter-se abertas para acolher os filhos de trabalhadores essenciais, e agora também as crianças com necessidades educativas e todos aqueles identificados como pertencendo a grupos de risco.

As escolas encerraram as portas há duas semanas e as crianças e jovens ficaram em casa, numa pausa lectiva que será compensada com aulas nos três dias de férias do Carnaval, em outros três dias da Páscoa e durante mais uma semana no final do ano lectivo.

O ensino a distância durará pelo menos duas semanas, mas o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, assegurou que a prioridade do Governo é abrir as escolas o mais rapidamente possível, uma decisão que dependerá da evolução da pandemia de covid-19.

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