A empresa figueirense Streak, especializada em soluções de automação industrial e controlo, já estava a desenvolver em 2019, antes da pandemia, um equipamento com recurso a ultravioletas para esterilização do ar e superfícies, na altura a pensar nos problemas relacionados com bactérias multirresistentes em contexto hospitalar.
O produto, denominado Purehybrid, distingue-se por ser um único equipamento que permite fazer esterilização do ar e das superfícies ao mesmo tempo, contou à Lusa o gestor de projectos da Streak, Peter Santos, realçando que no modo de esterilização apenas do ar é permitida a presença de seres humanos na sala.
“Podemos ter a opção de esterilizar só o ar, ou o ar e a superfície”, com uma dose produzida pelo equipamento 15 vezes superior à necessária para eliminar o novo coronavírus, disse à reportagem. A Streak espera poder comercializar o equipamento no final deste mês.
A empresa está também a desenvolver produtos mais pequenos e mais baratos, que poderão ser utilizados em restaurantes ou hotéis, por forma a “minimizar os riscos de transmissão do vírus”, realçou.
De um amaciador para dar propriedades antivíricas à roupa, a um produto para tratamento de doentes graves com Covid-19, várias empresas incubadas no IPN estão a desenvolver soluções para ajudar no combate à pandemia.
Sete empresas com incubação física ou virtual no Instituto Pedro Nunes, em Coimbra, decidiram adaptar-se ao contexto de pandemia e criar soluções que possam contribuir para o combate à Covid-19.