O presidente da Câmara da Figueira da Foz disse hoje que o município está a trabalhar na anulação da adjudicação do projecto do complexo Piscina de Mar, que contemplava um hotel de 49 quartos e um novo edifício.
“Para já, não vai ser feito aquele (projecto)”, revelou Pedro Santana Lopes aos jornalistas, na final da sessão de Câmara.
O complexo está concessionado à empresa Prime Hotels.
Anteriormente designada por Piscina-Praia (e conhecida localmente como Piscina do Grande Hotel, embora nunca tenha feito parte deste, actualmente hotel Mercure), foi projectada na década de 1950 pelo arquitecto Isaías Cardoso. É um dos conjuntos arquitectónicos emblemáticos da Figueira da Foz, classificado como Imóvel de Interesse Público, situado na marginal fronteira à praia.
A piscina, e a estalagem com 13 quartos que lhe foi anexada na década de 1960, funcionou com acesso público até finais da década de 1980, tendo ficado célebre pelas suas dimensões, com 33 metros de comprimento, e pela prancha de saltos de cinco e dez metros.
Na década de 1990, depois de um falhado projecto de reconversão, o complexo fechou e degradou-se, tendo a prancha sido retirada. Viria a ser adquirido pela autarquia liderada por Santana Lopes, que reabilitou a piscina em 2001, tendo esta voltado a funcionar durante vários anos, com concessões limitadas no tempo, estando actualmente desactivada.
Já o edifício da estalagem está ao abandono há mais de duas décadas e agora vai ser reconstruído e aumentado.
A obra, de cerca de três milhões de euros, previa que o plano de água da piscina se estenda para debaixo do novo edifício lateral, entre outras intervenções.
Na sessão de hoje, a Câmara da Figueira da Foz aprovou a construção de uma residência assistida e hotel de cinco estrelas na Avenida Doutor Joaquim de Carvalho, com o presidente da autarquia a referir que aqueles edifícios “só podem valorizar aquela zona da cidade”.