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Santana Lopes acusa Agência Portuguesa do Ambiente de gozar com a Figueira da Foz

O presidente da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, acusou hoje a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) de estar a gozar com o município, ao protelar no tempo intervenções de transposição de areias na zona costeira do concelho.

“Depois do que foi dito, tomar uma decisão dessas é gozar com a cara dos figueirenses”, frisou aos jornalistas o presidente do município da Figueira da Foz, no final da sessão da Câmara de hoje.

Segundo o autarca, a APA não tem intenção de executar antes de 2025 a transferência de 3,2 milhões de metros cúbicos de areia para sul da Cova Gala, que estava prevista para 2023.

A vice-presidente da autarquia, Anabela Tabaçó, explicou que durante a elaboração do Orçamento municipal para 2023 a APA foi contactada sobre a intervenção prevista, por causa de uma comparticipação municipal, mas que aquele organismo comunicou que aquele “‘big shot’ não vai existir antes de 2025”.

Para o presidente da Câmara, esta data “é inaceitável” e a reprogramação financeira proposta pela APA, num protocolo que envolve o município e o porto da Figueira da Foz, que constava da ordem de trabalhos de hoje, não vai ser aceite e será alvo de renegociação.

“Somos unânimes na recusa inaceitável desta situação”, disse Santana Lopes, depois de obter solidariedade política da oposição, que está em maioria na Câmara Municipal.

Aos jornalistas, o autarca disse já não ter certeza se ia avançar em Outubro a primeira fase da intervenção com a transposição de 100 mil metros cúbicos de areias na zona costeira do concelho, prevista inicialmente para Maio e depois para Setembro.

“Disseram-me que seria em Outubro, mas não vejo as máquinas, nem tenho a confirmação de que estejam aí. Já me tinham dito que seria em Maio e Setembro, portanto, não vou dar garantia de mais nenhum (mês)”, referiu.

A execução do ‘big shot’ – antecede a construção de um sistema fixo (‘bypass’), que estava inicialmente prevista para 2024, mas que face ao adiamento da segunda fase (transferência de 3,2 milhões de metros cúbicos de areia) – também vai sofrer alteração.

A construção do ‘bypass’ deverá representar um investimento de 18 milhões de euros, com um custo total, a 30 anos, que inclui o funcionamento e manutenção, de cerca de 60 milhões de euros, movimentando um milhão de metros cúbicos de areia por ano.

Santana Lopes recordou que o anúncio das intervenções costeiras da Figueira da Foz foi há cerca de um ano, pelo então ministro do Ambiente, Matos Fernandes.

A vereadora socialista Diana Rodrigues exortou o executivo a ser “intransigente nesta reivindicação, para que (a intervenção) aconteça com a maior brevidade”.

Também o vereador social-democrata Ricardo Silva considerou que este adiamento representa mais uma falta de consideração do Governo pela Figueira da Foz.

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