Os refugiados ucranianos acolhidos pelo município da Figueira da Foz deverão estar, dentro de duas semanas, todos empregados e instalados em habitações por agregado, anunciou hoje o presidente da Câmara.
“É um processo que está a decorrer bastante bem. Dentro de duas semanas, a três semanas, as pessoas que querem ter emprego julgo que o terão”, salientou o presidente da Câmara, Pedro Santana Lopes, no final da sessão de Câmara.
Segundo o autarca, todos os refugiados estão inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional, na Segurança Social e no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, e as crianças na escola, tendo tudo sido efectuado “ao abrigo das medidas de apoio temporário decretadas pelo Governo”.
Salientando que “o processo de integração está a ser melhor do que o esperado”, a vereador Olga Brás, responsável pelo sector social, adiantou que, em termos de alojamento, o município já tem capacitação para todas as pessoas.
Cerca de meia centena de refugiados ucranianos chegaram no dia 16 de Março à Figueira da Foz, vindos da Eslováquia, onde se encontravam num campo de refugiados, num autocarro alugado pelo município.
O grupo era constituído por 16 crianças, 33 mulheres e dois homens, um dos quais sem condições para trabalhar, tendo nove das mulheres refugiadas saído da Figueira da Foz para outras zonas do país onde tinham familiares e amigos.
Segundo a vereadora Olga Brás, oito dos refugiados (sete mulheres e um homem) estão já a trabalhar numa fábrica de confecções na margem sul da cidade da Figueira da Foz, num processo em que a entidade empregadora “está muito satisfeita” com a sua integração e as trabalhadoras “também”.
Para a próxima semana, a mesma empresa vai dar trabalho a mais oito pessoas, adiantou a autarca do movimento Figueira a Primeira, acrescentando que um grupo de cinco mulheres já arranjou trabalho na área da hotelaria no centro urbano da cidade e outro grupo pretende ficar em Quiaios, onde conseguiram também emprego.