O candidato do PS à Câmara da Figueira da Foz e actual presidente, Carlos Monteiro, assumiu esta noite a derrota nas eleições autárquicas para o executivo municipal, atribuindo-a ao “fenómeno” de Santana Lopes.
“Temos aqui um resultado em que o fenómeno de Santana Lopes existiu e o fenómeno de Carlos Monteiro não existiu”, disse o candidato do PS, num discurso perante algumas dezenas de militantes.
“O PS ganhou 11 freguesias, o PSL [movimento Figueira a Primeira] duas e o PSD uma. É um resultado atípico que evidencia que a derrota é minha”, frisou Carlos Monteiro.
Pelas contas do candidato, o PS ganha 11 em 14 juntas de freguesia da Figueira da Foz e tem “maioria” na Assembleia Municipal, perdendo, no entanto, a Câmara Municipal que liderou nos últimos 12 anos.
“Tínhamos um bom programa, não foi essa a decisão dos figueirenses, é evidente que respeitamos, respeitamos as decisões todas em democracia, vamos continuar a trabalhar para o progresso da Figueira. Aqui, se houve alguém responsável pela derrota fui eu, enquanto presidente da comissão política [concelhia do PS] e enquanto candidato à Câmara”, sustentou.
Numa intervenção feita ainda sem dispor de resultados totais, nomeadamente os relacionados com a maior freguesia da Figueira da Foz – Buarcos e São Julião, que reúne a cidade e a vila de Buarcos – o candidato do PS admitiu ter perdido naquela freguesia urbana para o movimento Figueira a Primeira de Pedro Santana Lopes.
“Os resultados em Buarcos e São Julião são da dimensão que são, perdemos a Câmara”, precisou Carlos Monteiro.