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Provas de motonáutica sem impacto significativo na hotelaria e restauração da Figueira da Foz

As duas competições internacionais de motonáutica realizadas no fim de semana na Figueira da Foz levaram mais movimento à cidade nesta época do ano, mas o impacto na hotelaria e restauração não foi muito significativo.

Alguns dos hotéis contactados pela agência Lusa consideraram que as provas internacionais de motonáutica não tiveram repercussão ao nível de alojamento, embora a restauração tivesse trabalhado mais um “bocadinho” do que o habitual.

O responsável de operações do Hotel Eurostars Oásis Plaza, de quatro estrelas, localizado na marginal da cidade, informou a agência Lusa, por correio electrónico, que a unidade esteve com uma ocupação de 91,24%, mas devido a um congresso que se realizou nas suas instalações, “que não tem relação com as provas realizadas na cidade”.

O Hotel Mercure, também de quatro estrelas, não sentiu impactos das provas internacionais de motonáutica, mantendo a ocupação em linha com o que é habitual para esta época do ano.

Em declarações à agência Lusa, a directora Liliana Vieira, que também gere o Hotel Ibis na cidade, disse que os impactos ficaram “muito abaixo das expectativas” para um evento de âmbito internacional.

“Somos hotéis internacionais e quando há eventos internacionais somos dos primeiros a ser contactados, mas quando as provas foram anunciadas e não vimos repercussão na marcação de alojamentos ficámos convencidos de que não ia ter grande impacto”, salienta.

No entanto, a gestora hoteleira destacou a projecção e divulgação da cidade através das duas provas de motonáutica, ambas ganhas pelo sueco Jonas Andersson, que se sagrou campeão do mundo de Fórmula 1 de motonáutica.

Fonte do Hotel Sweet Atlantic, situado na marginal da Figueira da Foz, a 50 metros do Hotel Mercure, disse à agência Lusa que os eventos tiveram um impacto “muito positivo” na unidade hoteleira, que esteve lotada de sexta-feira a domingo.

A mesma fonte adiantou que o hotel esteve lotado com o “pessoal da organização e das equipas” de motonáutica participantes.

Ouvido pela agência Lusa, o presidente da Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz (ACIFF), Nuno Lopes, salientou o impacto só do alojamento das equipas técnicas nas unidades hoteleiras, embora reconhecendo que o comércio local não terá beneficiado tanto devido à iniciativa ter abrangido o fim de semana.

“Houve um impacto directo na hotelaria e restauração, que foram os sectores mais afectados pela pandemia. Existem também ganhos indirectos, através da projecção e promoção da cidade, que deve apostar em eventos de referência deste género”, disse o dirigente.

A restauração da Figueira da Foz registou mais movimento, embora sem enchentes, segundo o presidente da Associação Sabor a Mar, Mário Esteves, que considerou o evento “excelente” para a promoção da cidade.

“Os restaurantes trabalharam um bocadinho melhor e notou-se o impacto, embora não muito forte”, referiu o empresário, salientando que são precisos eventos deste género para trazer pessoas à Figueira da Foz.

Quinze pilotos de várias nacionalidades mundiais participaram no Grande Prémio da Figueira da Foz e Grande Prémio de Portugal que decorreram na sexta-feira e no domingo, respectivamente, no rio Mondego, na Figueira da Foz, com os treinos a realizarem-se a partir de quinta-feira.

O evento envolveu uma logística “muito grande” de cerca de 200 pessoas, de várias nacionalidades, desde os Emirados Árabes Unidos, à Noruega e Estados Unidos, adiantou o presidente da Federação Portuguesa de Motonáutica, Paulo Ferreira, na conferência de apresentação.

O dirigente salientou também a adesão do público, sobretudo no domingo, que afluiu em grande número às margens do Mondego para ver catamarãs que chegam a atingir os 250 quilómetros por hora em linha recta.

A prova representou um investimento de meio milhão de euros e contou com a comparticipação do município da Figueira da Foz, que aprovou um apoio monetário para a iniciativa na ordem dos 100 mil euros.

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