O Agrupamento de Escolas da Zona Urbana da Figueira da Foz aposta em múltiplas iniciativas empreendedoras no domínio ecológico e ambiental.
No ano de 2019, fruto de uma parceria com a Empresa CIE Plasfil e o município da Figueira da Foz, com o empenho pessoal então de João Ataíde, foi instalada na Escola João de Barros uma unidade de produção para autoconsumo (UPAC), “cuja rentabilização é claramente justificada pelo ciclo circadiano de funcionamento das escolas e com resultados significativos no erário público”, diz Bela Matos.
“Muito mais do que uma questão económica, há todo um propósito educacional e ambiental na realidade de a luz solar gerar uma electricidade limpa e constituir uma energia renovável gratuita, com implicações imediatas na redução da pegada ecológica”, refere a responsável escolar.
Nas palavras de Gonçalo Tomé, da Plasfil, “o mais bonito desta vida não é o que fazemos sozinhos, nem que o fazemos para nós, no sentido institucional e empresarial, até porque é essa a nossa obrigação, e que aqui só serve para dar o mote, mas aquilo que nos une por um mundo melhor. É de uma dessas felizes uniões que resulta o que hoje aqui celebramos”.
A união entre a CIE Plasfil, Câmara Municipal da Figueira da Foz, Eco-Inside e Scales Ocean, foi decisiva para esta iniciativa no contexto da educação pública portuguesa.
A UPAC da Escola João de Barros é constituída por 110 painéis solares de 265 W cada, dois inversores, uma potência nominal de 25 KW, 29 KWp e uma previsão de produção anual de 43.500 Kwh.
Desde que entrou em funcionamento, em Outubro de 2019, já produziu mais de 88.000 Kwh, tendo já evitado 45 toneladas de emissões de CO2.
A produção de energia acumulada é equivalente ao consumo de 45 habitações familiares durante um ano, 57 barris de petróleo, 747 mil quilómetros percorridos num veículo eléctrico, o equivalente a 19 voltas à terra.
O retorno já acumulado pela tutela (Ministério da Educação e Câmara Municipal Figueira da Foz, dependendo da temporalidade) em compra evitada de energia supera já os 10.500 € (70 por cento do valor investido), sendo que, e ceteris paribus a 2021, em Setembro de 2022, três anos depois do arranque e mesmo num período tão atribulado, “estará totalmente recuperado”, frisa Bela Matos a’ O Figueirense.