O candidato do PSD à presidência da Câmara da Figueira da Foz, Pedro Machado, defendeu a inclusão do mercado municipal e de outros espaços com história, nomeadamente ligados a colectividades, nos circuitos turísticos de visitação obrigatória na cidade.
Pedro Machado considerou que uma estratégia de inclusão nos circuitos turísticos do mercado municipal Engenheiro Silva – inaugurado em 1892 e que mantém a traça original da arquitectura em ferro da época no espaço central –, a par, por exemplo, da sede da Sociedade Filarmónica 10 de Agosto, colectividade também de finais do século XIX, localizada na zona antiga da cidade, ou do Teatro Trindade, em Buarcos, réplica do original lisboeta, permite dar visibilidade a esses espaços, “muitos deles fora dos circuitos turísticos”.
“[Serem] um local de visita, paragem obrigatória para qualquer turista, nacional ou estrangeiro”, disse à agência Lusa Pedro Machado.
A candidatura social-democrata passou pela zona ribeirinha da Figueira da Foz, entre o mercado, que visitou, e as ruas e praças onde pontifica o comércio tradicional.
No mercado, a uma quinta-feira, estavam poucos clientes e a peixeira Celeste Margato, em tom de brincadeira, contou os visitantes da comitiva do PSD, vinte e três, incluindo, no rol, o jornalista, e logo desencantou uma solução para o negócio.
“Um quilito (de peixe) a cada um e despacho já isto tudo”, observou a peixeira, com uma gargalhada.
Ao lado, Pedro Machado cruzou-se com dois turistas franceses, de férias na cidade, que quiseram saber se é uma campanha eleitoral para as legislativas e a quem respondeu, num francês desenvolto, que são eleições “para a Câmara, eleições municipais”, ‘ganhando’ votos de boa sorte, também em francês.
A falta de clientes foi identificada pelo candidato do PSD, igualmente, na baixa da cidade: “Neste diálogo directo com os comerciantes, com os taxistas, com as pessoas que fazem a sua vida diária, com as pastelarias, com as padarias, o que nos dizem é que apesar de neste pico de agosto termos tido um bom mês, comparativamente com anos anteriores, o problema é que hoje, olhamos à volta e, praticamente, não há movimento na Figueira da Foz”.
“Isto leva-nos, no caso concreto e com a minha experiência, a reposicionar a Figueira da Foz, na estruturação de produtos turísticos ao longo do ano. Criar, no fundo, uma nova atractividade para a Figueira, o reinterpretar do próprio espaço urbano”, argumentou.