Os municípios de Coimbra, Montemor-o-Velho e Figueira da Foz assinaram hoje um contracto para a Comunidade Intermunicipal avançar com a Ciclovia do Mondego, intervenção de 3,5 milhões de euros há muito esperada pela região.
A empreitada que deverá ser lançada até ao final do ano, vai ligar Coimbra à Figueira da Foz, aproveitando todo o vale do Mondego, estando previsto serem infraestruturados 44 quilómetros de ciclovia, disse o secretário executivo da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM-RC), Jorge Brito, que falava à agência Lusa à margem do evento, que decorreu na Câmara de Coimbra.
A Ciclovia do Mondego, que vai aproveitar os troços urbanos já criados nos três concelhos, deverá estar concluída em 2023, acrescentou, salientando que a candidatura a fundos comunitários já foi submetida.
O presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, recordou que este projecto era “já uma muito antiga aspiração de ligação de mobilidade suave entre Coimbra e o Atlântico”, destacando a valorização do Mondego e das suas margens, mas também a relevância do “ponto de vista ecológico e ambiental”.
A construção da ciclovia esteve prevista em 2011, mas a sua construção acabou por ser suspensa após a empreitada ter perdido as verbas do Quadro Estratégico de Referência Nacional (QREN) que lhe estavam destinadas.
Na altura, a intervenção estava orçada em cerca de seis milhões de euros.
Durante a cerimónia, o secretário executivo da CIM-RC realçou que 80% dos trabalhadores na região deslocam-se em transporte individual, salientando que a Ciclovia do Mondego aposta na ligação entre vários “polos atractores”, como zonas industriais, escolas ou centros de saúde.
Também presente na cerimónia, o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, chamou a atenção para a dimensão desta empreitada, realçando que é necessário continuar a apostar em opções de mobilidade que têm baixas emissões poluentes, sendo que “nada é melhor que a mobilidade suave”.
Nesse sentido, notou, o Governo tem disponível uma verba de cerca de 300 milhões de euros para construir mil quilómetros de ciclovias intermunicipais até 2030.
“Este é um grande projecto e é mais do que uma ciclovia para se passear”, afirmou.