O ministro do Mar assinalou a expectativa “muito positiva” da melhoria da quota nacional de pesca de sardinha, sem adiantar números, antes de ser conhecido, em Junho, o parecer do Conselho Internacional para a Exploração do Mar.
“Tenho expectativa de que vai haver uma melhoria das quotas. Não é contabilizável neste momento, como se costuma dizer ‘prognósticos só no fim do jogo’ e não é um jogo de táctica, é um jogo de avaliação. Não é criar expectativas más ou cortar expectativas [ao sector], mas os mananciais [de sardinha] recuperaram de forma significativa e as expectativas são muito positivas”, disse Ricardo Serrão Santos à agência Lusa.
Em declarações na Figueira da Foz, à margem de um almoço que assinalou o início da safra da sardinha, confrontado com as exigências dos pescadores de sardinha, que ambicionam uma revisão da quota de pesca em alta em cerca de 20 mil toneladas – a somar às 10 mil toneladas em vigor até 31 de Julho –, o ministro do Mar explicou que a recusa em fazer previsões sobre o aumento da quota não se deve nem às exigências do sector, nem a uma atitude cuidadosa do Governo.
“Há regras para a definição das quotas, essas regras têm períodos, todos os anos o grupo de trabalho da sardinha reúne o Conselho Internacional para a Exploração do Mar, que é uma organização intergovernamental de que Portugal e Espanha fazem parte, e são aí que são debatidos, avaliados e certificados os dados científicos”, explanou.
Já sobre a safra de sardinha que teve início, Ricardo Serrão Santos frisou que “correu bem. As informações que tenho de norte a sul do país e também em Espanha é de que as safras correram todas muito bem. O que demonstra a informação, que é fidedigna e cientificamente recolhida, de que o ‘stock’ [de sardinha] recuperou”, reafirmou o governante.
