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Governo pretende criar troço ferroviário que une Figueira da Foz a Celorico da Beira

O primeiro-ministro anunciou hoje que o troço português das novas ligações energéticas para transportar hidrogénio verde entre a Península Ibérica e França irá ter um custo de “cerca de 360 milhões de euros”, sendo metade financiados com fundos europeus.

No debate parlamentar preparatório do próximo Conselho Europeu, António Costa foi questionado pelos vários partidos e afirmou que o projecto que o Governo português irá apresentar para obter financiamento europeu “tem o ramal que ligará a Figueira da Foz a Celorico da Beira, de Celorico da Beira até à fronteira com a Espanha”.

“Quanto ao que vai custar, são cerca de 360 milhões de euros, sendo financiáveis em 50% pelo mecanismo de facilidade europeu”, anunciou.

O primeiro-ministro disse ainda que, no âmbito destas ligações energéticas, a Espanha irá apresentar um projeto para “a ligação da fronteira até Zamora, e depois o troço complementar que tem de Barcelona até Marselha”.

No que se refere às ligações gasíferas, o primeiro-ministro disse que “havia efectivamente um bloqueio da França”, que foi ultrapassado ao encontrar-se “um trajecto alternativo”, em referência ao facto de o novo gasoduto ligar Barcelona a Marselha em vez de ser através dos Pirenéus.

“Para ser financiado no âmbito da facilidade europeia das interconexões, tem de ser dedicado exclusivamente a hidrogénio verde”, informou.

Costa considerou que o facto de a infraestrutura ser unicamente destinada ao transporte de hidrogénio “interessa a Portugal, mais até do que se fosse o gás”, uma vez que, em termos de gás, Portugal seria “simplesmente importador e reexportador”.

“Seríamos sempre menos importadores do que Espanha, que tem sozinha sete pontos de regasificação, nós temos um ponto de regasificação, enquanto que, no hidrogénio verde, nós podemos importar, mas sobretudo podemos produzir e exportar, ou seja, nós não reexportamos. Produzimos e exportamos”, indicou.

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