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Fundo dinamarquês prevê investir oito mil ME em energia eólica no mar da Figueira da Foz

Um fundo de investimento dinamarquês pretende investir oito mil milhões de euros num projecto de energias eólicas no mar ao largo da Figueira da Foz, com capacidade de produção de 2 Gigawatts, foi hoje anunciado.

Designado de Nortada, o projecto será o primeiro parque eólico ‘offshore’ de grande escala em Portugal, refere um comunicado do fundo de investimento Copenhagen Infrastructure Partners (CIP), enviado à agência Lusa.

“As actividades relacionadas com a eólica ‘offshore’ em Portugal, assim como o projecto Nortada, estão a cargo da Copenhagen Offshore Partners (COP), empresa líder no desenvolvimento, construção e operação de projectos de energia eólica offshore, e parceiro exclusivo para o desenvolvimento, construção e operação de parques eólicos ‘offshore’ da gestora de fundos CIP”, refere a nota.

Segundo Afonso César Machado, responsável da COP pelo mercado português, o projecto pretende acelerar a transição energética portuguesa, de forma que seja “um exemplo na produção de energia limpa, pensado de forma holística em todas as suas componentes, e que simbolize uma aposta na reindustrialização e no crescimento económico do país”.

“A energia eólica ‘offshore’ tem um enorme potencial de crescimento e evolução e, como tal, representa uma colossal oportunidade para o país. Com a materialização deste projecto, pretendemos colocar Portugal na linha da frente da transição energética a nível mundial”, acrescenta Afonso César Machado.

De acordo com o comunicado, a CIP e a COP pretendem envolver nas suas actividades “o maior número possível de parceiros industriais, académicos, ambientais e do sector da economia azul portugueses”, com o objectivo de criar emprego qualificado a nível local e promover um desenvolvimento económico sustentável no país.

“Estamos muito satisfeitos por fortalecer a nossa presença em Portugal, em particular no mercado da energia eólica ‘offshore’. O projecto Nortada tem um enorme potencial e é um importante marco que contribuirá para o crescimento desta indústria em Portugal, assim como para a criação de emprego e de crescimento económico sustentável”, afirma Michael Hannibal, da CIP.

A consulta pública da proposta que cria cinco áreas de exploração de energias renováveis no mar, ao largo de Viana do Castelo, Leixões, Figueira da Foz, Ericeira-Cascais e Sines, começou no dia 20 de Janeiro e termina em meados de Março.

A Figueira da Foz é proposta para a maior área de instalação de parques eólicos, com 1.237 quilómetros quadrados (km2) e potencial para até quatro gigawatts de capacidade, seguida por Viana do Castelo (663km2 e 2GW), Sines (499km2 e 1,5GW) e Ericeira e Sintra/Cascais (300 km2 e 1GW).

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