InícioAmbienteFigueira compromete-se a criar Geopark Atlântico no Cabo Mondego

Figueira compromete-se a criar Geopark Atlântico no Cabo Mondego

Foi hoje assinado, no Cabo Mondego, um memorando de entendimento que visa levar à criação do Geopark Atlântico, um trabalho que poderá levar uma década a estar concluído. Envolvidos na assinatura estiveram seis municípios da região Centro: Figueira da Foz, Montemor-o-Velho, Cantanhede, Mira e Penacova (Coimbra) e Mealhada (Aveiro).

Intervindo na sessão, a directora do Centro de Geociências da Universidade de Coimbra, Helena Henriques, defendeu que “se há conceito que converge com o de coesão territorial, é o conceito de Geopark. Helena Henriques lembrou ainda que “está tudo por fazer em termos de candidatura” ao selo da UNESCO, processo que pode demorar quatro anos.

Sobre o Cabo Mondego, monumento natural que considerou uma “pérola”, notou, no entanto, que apesar de estar “na escala de preservação mais alta, é nacional e por isso é que está abandonado”.

O presidente da autarquia da Figueira da Foz, Carlos Monteiro, destacou o espaço “ímpar” do Cabo Mondego, em termos geológicos e paisagísticos, definindo-o como “uma das conquistas mais importantes para o concelho nestes últimos anos”, depois do tribunal ali definir a zona de domínio público em que se situa.

“As rochas da região são bem expostas ao longo da costa, o património arqueológico e cultural e a biodiversidade enriquecem a região, tornando-a numa sala de aula global. É um catálogo vivo”, expressou Carlos Monteiro.

A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, encerrou a sessão, lembrando que a Figueira da Foz “iniciou o processo (do Geopark) e depois soube fazer o abraço ao território, abraçou os seus vizinhos neste projecto”.

“Em conjunto podemos não ir mais rápido, mas chegamos a melhor porto. É um compromisso muito sério, obriga a região a trabalhar em conjunto. Mas nunca será uma verdadeira candidatura se as gentes desta região não a assumirem como dela”, alertou Ana Abrunhosa.

Segundo Ana Abrunhosa, dos 127 Geoparks reconhecidos em 35 países, cinco são em Portugal: Naturtejo, Arouca, Terra de Cavaleiros, Estrela e Açores “são todos muito diferentes mas são todos especiais. O que os une é o desenvolvimento sustentável que envolve as comunidades e a conservação e proteção dos valores naturais da região, sempre vividos”, sublinhou.

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