InícioCulturaEmpreitada de requalificação do Mosteiro de Seiça vai parar dois meses

Empreitada de requalificação do Mosteiro de Seiça vai parar dois meses

As obras de requalificação do Mosteiro de Seiça, orçadas em 2,7 milhões de euros, vão parar dois meses devido a indefinições do projecto, lamentou hoje o presidente da Câmara Municipal.

Segundo Pedro Santana Lopes, as indefinições do projecto estão relacionadas com os trabalhos da equipa de arqueologia, que pretende dedicar uma parte do espaço daquele monumento nacional ao processo de descasque do arroz.

“O empreiteiro veio comunicar-nos que não tem mais obra para fazer e pediu uma paragem de dois meses”, disse o autarca, que teme eventuais atrasos na empreitada de requalificação, que tem de estar concluída até Dezembro de 2023.

Considerando “inconcebível a história” do arroz, o presidente da Câmara da Figueira da Foz apontou o dedo à Direcção Regional de Cultura do Centro, com quem vai reunir dentro de duas semanas”, e revelou que as questões em cima da mesa se prendem com “a construção de um elevador e onde, e se vai existir uma cafetaria ou não”.

“Para mim, não me preocupa o elevador nem a cafetaria. Preocupa-me o que lá está com valor histórico”, salientou Santana Lopes, incomodado com o facto de em Portugal “ser sempre assim – anda tudo a dormir, mas quando começa a obra acorda tudo”.

O autarca mostrou-se incomodado com esta situação de indefinição e com o facto de o prazo da empreitada derrapar e o município perder o financiamento comunitário.

“Não devíamos estar a parar uma obra do que resta de um mosteiro que está em perigo por causa de uma polémica ao lado, absolutamente sem sentido”, sublinhou.

O Mosteiro de Seiça foi adquirido pelo actual presidente da autarquia na sua primeira passagem pela presidência da Câmara da Figueira da Foz (1997-2001), cuja intervenção é classificada de difícil devido ao actual estado de ruína.

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