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Conferência na Figueira da Foz debate ética na engenharia e combate à corrupção

O Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC) inicia na quinta-feira, um ciclo de conferências, cuja primeira sessão é sobre “Ética e corrupção” na engenharia e tem como orador o ex-director da Polícia Judiciária (PJ) Santos Cabral.

“Ética e Corrupção” é o título da primeira sessão do ciclo de conferências “Engenharia e Sociedade” promovido pelo ISEC, que arranca na quinta-feira, no Casino da Figueira da Foz, pelas 18h.

Em discussão vai estar o papel das escolas de engenharia na formação ética de profissionais e na criação de plataformas que tornem os procedimentos mais transparentes.

Santos Cabral, juiz conselheiro jubilado e ex-director da Polícia Judiciária, defende que a engenharia “tem a chave para desenvolver mecanismos de prevenção e detecção de irregularidades”.

Citado no documento, Santos Cabral afirma que “a ética na engenharia é uma arma fundamental contra a corrupção”.

“A formação de quadros qualificados permite que o tecido empresarial tenha colaboradores com um forte conhecimento técnico em diferentes áreas. No entanto, para além de transmitir conhecimento teórico-prático, o ensino superior tem que começar a incluir ‘ética’ e ‘moral’ na formação que oferece aos estudantes”, refere o ex-director da PJ.

“Só assim é possível construir uma sociedade mais justa e fraterna, guiada pelos valores da justiça e equidade”, sustenta.

Segundo este responsável, a chave para diminuir os níveis de corrupção está muito dependente de dois factores, ambos ligados à engenharia: os valores éticos dos engenheiros e as suas capacidades técnicas para desenvolverem mecanismos de prevenção e detecção de irregularidades em áreas como a construção civil e obras públicas.

Santos Cabral sublinha que a corrupção é um dos problemas centrais de Portugal.

“Se não fosse a corrupção, podíamos ter um país muito diferente, muito mais próspero. Daí ser tão importante encontrar soluções para diminuir este flagelo”, conclui.

Já o presidente do ISEC defende que a engenharia pode ser uma forte ferramenta no combate à corrupção em mercados como o da construção, nomeadamente através do modelo BIM (a representação virtual de todo o ciclo de construção de um edifício).

“O BIM controla a obra do ponto de vista da qualidade, do prazo de entrega e dos custos. Desta forma, torna-se mais difícil ocultar e inflacionar despesas”, sustenta Mário Velindro.

Este responsável sublinha que a evolução tecnológica ligada à engenharia irá conduzir a uma redução progressiva da corrupção.

“A digitalização dos serviços na administração pública irá permitir uma verdadeira transparência em todas os negócios, ao saber-se com precisão quais as alterações realizadas nos serviços ou quem acedeu/alterou documentos, por exemplo”, conclui.

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