A Câmara da Figueira da Foz aprovou hoje, por unanimidade, uma proposta de rescisão litigiosa com o empreiteiro responsável pela intervenção no Palácio Conselheiro Branco, em Maiorca, devido aos “excessivos” incumprimentos dos prazos.
O presidente da autarquia, Pedro Santana Lopes, invocou o “manifesto incumprimento excessivo por parte da empresa”, que foi reconhecido por toda a oposição.
As obras, no montante de 140 mil euros, que se destinavam a intervenções ao nível da cobertura total, janelas, portadas e pintura exterior, iniciaram-se ainda em 2019 e previam um prazo de execução de 90 dias.
O Palácio Conselheiro Branco, que já acolheu o posto da GNR de Maiorca, é um edifício classificado como de interesse municipal, sendo propriedade da Câmara da Figueira da Foz.
O vereador e anterior presidente da autarquia, Carlos Monteiro (PS), defendeu também a rescisão litigiosa por “ser difícil trabalhar com aquele empreiteiro, que não cumpre (prazos)”.
Salientando que a empresa em questão “tem um relacionamento muito mau com a Câmara”, Carlos Monteiro recordou que já foi “difícil trabalhar com ele na Casa do Paço”, situada próxima dos Paços do Concelho.
O socialista acrescentou ainda que a maior parte da intervenção está concluída.
Falta recolocar a cúpula do edifício que, segundo o presidente do município, Santana Lopes, vai ser entregue a uma empresa, ao abrigo as normas que prevêem a intervenção por questões de segurança e salubridade.
“Aquilo está num estado inaceitável, coberto por uma lona, e temos de repor a cobertura, porque a obra já está parada há tempo e tudo se vai degradando”, disse o autarca, frisando que a Câmara “tem de intervir o mais rápido possível”.
Aos jornalistas, Santana Lopes adiantou ainda que a recuperação do Paço de Maiorca é uma obra que tem de avançar “tão depressa quanto possível”, ainda este ano, para “a degradação não continuar”.
O presidente do município disse que está a trabalhar numa utilização do Paço de Maiorca “que seja muito vantajosa para aquela vila e para o concelho todo”.