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Municípios de Coimbra ponderam deixar de pagar resíduos à ERSUC

Os municípios da Região de Coimbra ponderam deixar de pagar resíduos à ERSUC – Resíduos Sólidos do Centro, depois do acionista maioritário, detido pela Mota-Engil, ter aprovado uma distribuição de dois milhões de euros de dividendos numa empresa “fortemente endividada”.

Os municípios da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra admitiram hoje, em nota de imprensa enviada à agência Lusa, deixar de pagar os serviços à ERSUC, em protesto contra as decisões do acionista maioritário da empresa, que presta serviços no âmbito dos resíduos sólidos no Centro Litoral do país, em vários concelhos dos distritos de Coimbra, Leiria e Aveiro.

Segundo a nota de imprensa da CIM da Região de Coimbra, em causa está a decisão da ERSUC de aprovar uma proposta de distribuição de cerca de dois milhões de euros pelos seus acionistas, decisão que contou com o voto contra “de todos os municípios presentes”, mas que foi aprovada pelo acionista maioritário, a Empresa Geral de Fomento (EGF), e a SUMA, ambas detidas pela Mota-Engil.

A proposta “mereceu o repúdio e voto contra de todos os municípios presentes”, salienta a CIM da Região de Coimbra, mas notou que foi aprovada pelos dois acionistas maioritários, que juntos detêm mais de 57% da empresa (EGF 51% e SUMA quase 6%).

“Estando a empresa fortemente endividada e a suportar custos financeiros muito elevados, na ordem dos 2,5 milhões de euros em 2023, esta decisão de distribuir dividendos pelos acionistas é irracional e contrária aos interesses da ERSUC, dos municípios e da população”, sublinhou a CIM da Região de Coimbra, realçando ainda que esta distribuição de dinheiro pelos acionistas surge depois de se terem registado aumentos de tarifas.

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