A Adega de Cantanhede fechou o ano de 2020 com as exportações a crescerem 17,6 por cento num ano afectado pela redução dos mercados normais.
O ano de 2020, na sequência da pandemia provocada pela Covid-19, levou ao “cancelamento de feiras internacionais do sector” e o “acompanhamento dos mercados ‘in loco’ ficou comprometido”, recorda a organização.
A Adega de Cantanhede decidiu apostar nas parcerias já existentes que têm o “foco absoluto na venda ‘online’”, e apostar em concursos internacionais.
O grande volume de exportações reflecte-se não só pela reconhecida “relação qualidade-preço”, mas também pela participação em vários “concursos internacionais” e pela distinção dos vinhos em revistas internacionais.
A aposta na participação em concursos internacionais resultou em 126 distinções em 2020: a Adega de Cantanhede recebeu “oito grandes medalhas de ouro, 44 medalhas de Ouro e dez pontuações acima dos 90 pontos em revistas internacionais da especialidade”, lê-se em nota de imprensa enviada à agência Lusa.
Maria Miguel Manão, responsável pela exportação e pelo marketing, refere que com a pandemia “o consumidor deixou de consumir muito fora de casa, mas não deixou de consumir vinho”.
“O sector foi capaz de oferecer soluções ao consumidor para ter acesso ao produto sem isso lhe pesar mais na carteira, ou seja, o consumidor mudou o local de consumo e mudou o canal através do qual ele faz a aquisição do produto”, explicou Maria Miguel Manão.
Os mercados externos foram liderados pelo Brasil, seguido da Rússia, EUA, França e Inglaterra, um top cinco que no seu conjunto cresceu 22 por cento.