InícioAmbienteQualidade do ar aumentou no confinamento devido à redução do tráfego

Qualidade do ar aumentou no confinamento devido à redução do tráfego

A concentração de dióxido de azoto (NO2) no ar de várias cidades portuguesas diminuiu “muito significativamente” durante o primeiro estado de emergência, comprovando os efeitos nocivos do tráfego rodoviário para a qualidade do ar, defenderam especialistas.

“As percentagens de redução são significativas, muito significativas. O que se verifica é que em Lisboa 79% de redução foi devido ao estado de emergência”, afirmou Dília Jardim, da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), durante a conferência “Lisboa mais verde e mais saudável: Os Desafios da Poluição Atmosférica”.

Os dados tiveram em conta uma comparação entre os valores detetados entre 20 de Fevereiro, 25 dias antes da declaração do estado de emergência (a 16 de Março), e 09 de Abril, durante o confinamento.

Além da redução de 79% verificada em Lisboa, em Coimbra a redução foi de 66%, no Porto de 62%, em Guimarães de 60%, em Braga de 49%, em Setúbal de 37% e em Aveiro de 26%, a menor redução das cidades apresentadas.

Também Sandra Mesquita, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT), destacou que durante o estado de emergência e o estado de calamidade, com o confinamento, os níveis de NO2 registaram uma redução.

“Com o estado de emergência e o estado de calamidade, do confinamento e do desconfinamento, houve ali uma quebra substancial nas médias, e depois, com a retoma do tráfego rodoviário na cidade, também as concentrações subiram”, disse.

A conferência pretende efetuar um diagnóstico da cidade ao nível das políticas ambientais, avaliar o impacto do ambiente urbano na saúde, no bem-estar da população e na economia da cidade, e ainda analisar os efeitos nocivos na saúde por factores de contaminação ambiental.

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