O Tribunal de Coimbra condenou hoje a 15 anos de prisão o líder de um grupo que controlava o tráfico de ‘crack’ na Baixa da cidade, aplicando penas efectivas a 12 dos 18 arguidos do processo.
O colectivo de juízes deu como provado que Dário Mafra, de 31 anos, decidiu organizar um grupo de pessoas para traficar droga na Baixa de Coimbra, distribuindo tarefas entre os vários elementos, estando alguns encarregados de fazer o transporte da droga do Bairro do Aleixo, no Porto, para a cidade, outros de a pagarem, outros de a guardarem e ainda outros de a entregarem a vendedores directos.
Dário Mafra foi condenado a 15 anos de prisão pela prática dos crimes de associação criminosa e tráfico de droga agravado.
Abaixo do líder, na estrutura da organização, estavam seis arguidos que foram condenados a nove anos de prisão cada, face ao seu envolvimento no grupo.
Três homens foram condenados a penas de cinco anos e seis meses de prisão e dois a cinco anos e três meses de pena efectiva.
Os restantes arguidos, entre os quais quatro mulheres, foram condenados a penas suspensas entre dois anos e seis meses, e quatro anos e seis meses de prisão, sendo que, na maioria destes casos, o colectivo de juízes do Tribunal de Coimbra notou que tinham “mudado de vida” e tinham uma situação socio-profissional estabilizada.
Face à pandemia da covid-19, o Tribunal de Coimbra decidiu suspender a obrigação de apresentações periódicas às autoridades pelos arguidos que tinham tal medida de coação, sendo que os cinco arguidos que estavam em prisão preventiva irão continuar a cumprir essa medida.
Os 18 arguidos eram acusados pelo Ministério Público de participar num grupo de tráfico de droga na Baixa de Coimbra, pelo menos entre Outubro de 2017 e Novembro de 2018, estabelecendo um monopólio de venda de ‘crack’.
Estima-se que a organização registava um lucro superior a 75 mil euros por mês.