O presidente da Câmara da Figueira da Foz vai envolver todos os partidos representados na Assembleia Municipal (AM) no acompanhamento da aquisição do Cabo Mondego, cujo negócio está acertado por 2,1 milhões de euros.
Esta foi a solução anunciada hoje por Pedro Santana Lopes para continuar com o processo de aquisição, depois de na semana passada ter assumido que o município não ia continuar com o negócio devido a “suspeições” levantadas pelo PS.
Em declarações à agência Lusa, o autarca disse hoje que já falou com o presidente da AM e com os partidos com assento naquele órgão, que concordaram com o acompanhamento do processo negocial, no âmbito da conferência de líderes, possibilitando uma “solução para se atingir o objectivo de adquirir aquele conjunto”.
A aquisição do Cabo Mondego inclui as antigas instalações fabris, uma pedreira e 76 hectares de terrenos.
“Não quero que subsistam dúvidas nem suspeições e pretendo a máxima transparência”, afirmou o presidente da autarquia, frisando que “assim os partidos podem acompanhar os contractos, os documentos e o processo, para que não haja dúvidas nenhumas”.
Salientando que “houve acordo para seguir este caminho”, Santana Lopes voltou a sublinhar que era “absolutamente inaceitável a existência de um clima de suspeição” sobre a aquisição do Cabo Mondego.
“Assim, o processo será partilhado por todos”, sublinhou o autarca, que não enjeita a responsabilidade de conduzir as negociações.
Atendendo “ao sítio e ao valor que tem, assim é possível atingir o desígnio de aquisição daquele conjunto desejado por muitos figueirenses”, disse o presidente do município da Figueira da Foz.
O autarca disse que também já falou com a líder da bancada socialista no executivo, Diana Rodrigues, que deu o seu acordo à proposta, faltando apenas o contacto com o único vereador do PSD na autarquia, que será efectuado entretanto.
Segundo Santana Lopes, com esta proposta de trabalho “não ficam dúvidas de que a aquisição do Cabo Mondego é uma vontade colectiva e uma decisão de todos”, extensível depois à necessidade de contrair empréstimo para a compra.
O passo seguinte, acrescentou, passa pelo presidente da AM falar na conferência de líderes.
Até ao início do próximo ano, o contracto de compra e venda deverá voltar à sessão de Câmara para votação.