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S. João do Vale recupera Rancho das Camélias

A imprensa local antiga já referia a existência, na Figueira, no final do século XIX, de um agrupamento folclórico designado de “Camélias”, aliás Augusto Symaria, que foi regente da Filarmónica Dez de Agosto, era um dos compositores, repartindo a inspiração com o então Rancho das Carvoeiras.

Volvidas décadas, o rancho ressurgiu várias vezes, nos anos de 1930 e em meados da década de 1950.

Manuela Silva, dinâmico elemento da Associação Cultural e Recreativa Tradições Populares de S. João do Vale, em pleno coração da Figueira, recorda também o ressurgimento mais recente do rancho, no início de 1999, e agora, por alturas de S. João, volta a constituir-se.

Os ensaios, dirigidos por António Cruz, já acontecem, duas vezes por semana, na sede da Dez de Agosto – seis pares e tocata, que pega em temas que pertenciam ao espólio do antigo Rancho das Rosas e que agora aparecem adaptadas, mas sem alterar a origem estética.

Jacinto Camelo, pesquisador do passado popular da Figueira, faz a ligação a esse tempo antigo. Canções como “Rosas de Carne”, de 1907, com letra de Cardoso Martha para uma composição musical de João Proa, e “Figueira Amada”, uma marcha de autoria de Carlos Sombrio e Jerónimo Bragança, voltam a ser escutadas.

Com tonalidades vermelhas, entre o preto e o branco, o Rancho das Camélias vai fazer brilhar novamente os pergaminhos das gentes do Largo do Vale, que no próximo dia 1 de Maio voltam a enfeitar o chafariz para receber dois agrupamentos folclóricos que marcarão a data.

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