Na noite de domingo, dia 5 de janeiro, repetem-se os tradicionais cortejos da Espera de Reis, promovidos pelas filarmónicas Figueirense e Dez de Agosto,
A multidão aguarda, sempre agasalhada, para rever este velho costume local, que se cruza na Praça Nova. As figuras míticas de Belchior, Gaspar e Baltazar – os monarcas do Oriente que visitaram o Messias e que na Figueira desfilam pelas principais artérias da cidade.
O Auto dos Reis Magos segue depois no palco da mais antiga coletividade, a Filarmónica Figueirense, apesar a sua congénere ter recuperado este ano os Autos Pastoris.
Alguns quadros cénicos remontam ao século XVIII; outros, como a Romagem do Diabo, surgiram no século XIX. Este auto, ao invés da opereta “Presépio”, segue uma linha séria, mais religiosa e teatral.
Esta tradição, a mais antiga, pertence à memória coletiva da Figueira e fecha, de forma ingénua e peculiar, a época natalícia.
