InícioLocalObras mostram esqueletos que vão ser submetidos a testes de ADN

Obras mostram esqueletos que vão ser submetidos a testes de ADN

Com as obras no Pátio de Santo António foram encontrados achados arqueológicos de importância para melhor conhecer o passado figueirense. O arqueólogo Pedro Roquinho, em declarações ao jornal “O Figueirense” referiu que “nos achados, destacam-se vestígios de estruturas associadas à cerca do pátio primitivo do Convento de Santo António, que se sabe ter sido mais pequeno que o atual, bem como uma necrópole junto ao seu perímetro, parcialmente exposta. Deste cemitério, por assim dizer, foram encontradas diversas sepulturas com os esqueletos bem preservados no seu interior, apresentado alguns dos enterramentos características fúnebres pouco comuns, com orientações inusuais, assim como traços fisionómicos invulgares. O material genético preservado nos ossos está a ser preparado para se submeter a testes de ADN, pelo que se aguarda pelos respetivos resultados para apresentar uma interpretação devidamente fundamentada dos achados”.

Os trabalhos decorreram sob a coordenação científica do arqueólogo Pedro Roquinho e da antropóloga Inês Fernandes.

De salientar que “os trabalhos de arqueologia e bioantropologia surgem em contexto de salvaguarda e tiveram por base o registo científico de níveis e estruturas arqueológicas existentes nos locais onde aconteceram as escavações inerentes à execução da empreitada. Ambos procedimentos estavam já previstos no caderno de encargos lançado a concurso, que resultam da consulta prévia do dono de obra à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), para o licenciamento do projeto, verificado que a pretensão se ia desenvolver em Zona de Proteção à Igreja do Convento de Santo António, imóvel classificado, logo tutelado pelo Património Cultural”.

Segundo apurámos, “a obra está a decorrer dentro dos prazos previstos e estima-se que esteja concluída, inclusive, antes de tempo.

Refira-se, contudo, que os trabalhos de arqueologia e bioantropologia foram parte integrante da empreitada, pelo que a sua realização esteve igualmente sujeita a prazos. “Neste aspeto e para que tal tenha sido possível, dada a imprevisibilidade que lhe é inerente, em muito contribuiu a prontidão da Divisão de Salvaguarda da CCDRC em apresentar as devidas soluções processuais, assim como o apoio prestado pelo Município da Figueira da Foz ao longo dos trabalhos”.

Pub

Leia também